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Walderes Souza de Oliveira

Walderes Souza de Oliveira

01/01/1993 a 31/12/1994
01/01/1997 a 31/12/1998

Nasceu em Baliza, Goiás, dia 16.10.1942. Seus pais, Argemiro José de Oliveira e Isabel Francisca, eram rio-verdenses e haviam se transferido para aquela cidadezinha às margens do Araguaia, divisa com Mato Grosso, atraídos pela lida do garimpo diamantífero, força econômica do lugar. Três meses depois a família regressou a Rio Verde, onde Walderes se fixou até hoje, com ligeiro intervalo em que morou em Amorinópolis, tendo aí estudado o primário iniciado em Rio Verde.

O ginasial e o Técnico em Contabilidade ele fez no “Martins Borges”.Os avós paternos e materno de Walderes vieram a pé da Bahia, terra natal deles. Argemiro, que no mesmo dia do nascimento desse filho pegou duas pedras, não construiu patrimônio econômico. Walderes, ao mesmo tempo em que estudava, trabalhava. Foi engraxate, vendedor de leite e sapateiro. Nesta última atividade passou de empregado a empregador, adquirindo uma indústria. Posteriormente se dedicou ao comércio de subproduto bovino, industrializando sebo e farinha de carne. Seu pai era adepto do PSD e, extinto este, do MDB. Walderes seguia a mesma linha.

Em 1982, Carlos Cunha Neto, candidata a vice-prefeito por uma das sublegendas do PMDB, formando dupla com Osório Leão Santa Cruz, o procurou, nas “Fazendas Reunidas”, onde exercia a gerência da sua indústria, a fim de incitá-lo a postular a vereança. Aceitou o convite e lançou-se na campanha. O regime militar, agonizante, criara a vinculação geral de votos para se contrapor ao PP e ao PMDB. Aquele se formara de uma dissidência deste último, constituída por moderados, a exemplo do mineiro Tancredo Neves e do pernambucano Tales Ramalho. A eles se somaram ex-arenistas que pleiteavam abertura política. Dentre estes últimos, destacava-se o banqueiro Magalhães Pinto (o que provocou a pecha de “Partido dos Banqueiros”), velho cardeal da UDN e Arena de Minas Gerais, de cujo estado fora governador, derrotando Tancredo Neves (PSD), em 1960. Golbery do Couto e Silva e outros governistas impuseram ao País esse vínculo de votos na expectativa de que os municípios, mais atrelados a lideres locais do que às discussões estaduais, votassem nos candidatos a prefeitos do PDS e, forçosamente, nos correligionários destes para governadores. Somente não foram gerais essas eleições porque não se escolheram presidente e vice-presidente da República, por ser o sistema (para a Presidência) “indireto”. Depois de 17 anos – a última vez fora em 1965 – o Brasil escolheu governadores pelo voto popular.

O PMDB ganhou nos principais estados do País, exceção, dentre estes, do Rio Grande do Sul. Ganhou em Goiás, em quase todos os municípios, atingindo cem por cento dos dez mais habitados. Walderes ficou na 1º suplência. Posse nos primeiros dias de janeiro. O médico Marat de Souza, em maio, de 14, faleceu. Walderes foi convocado. Depois ele ganhou as reeleições de 1988, 1992, 1996, 2000, e perdeu em 2004. Houve mais duas candidaturas, para deputado federal e, em 1998, estadual, sem conseguir eleger-se.

Em 1996 disputou, por um partido aliado, o PSD, sob cuja legenda Arcélio Alceu dos Santos postulou, em coligação com o PMDB (vereadora Alba Rodrigues para vice-prefeito), o Executivo municipal. Atualmente, Walderes preside o diretório municipal do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. É a terceira vez que o faz.Acertada a coligação PDC-PMDB, em 1992, reservou-se ao segundo a candidatura para vice-prefeito, foi ele o indicado. Fizeram-se, inclusive, faixas saudando-o como concorrente a esse cargo, mas a cúpula peemedebista trocou seu nome pelo do vereador João Carlos Martins, representante do distrito de Riverlândia, onde Martins exercia grande influência, herdando o prestígio do seu falecido pai Ismael Martins, que também fora vereador.

O arranjo mirava o fortalecimento da candidatura de Ituriel Nascimento, destinatário do apoio do João Carlos e de aliados daquele distrito. Elegeram-se Osório e João Carlos, também o Ituriel e o Walderes. Como presidente da Câmara, investiu na sua modernização, equipando-a, e procurou bem relacionar-se com todos os vereadores. À época da administração Nelci, ocorreu desentendimento com a prefeita por questão do duodécimo, não repassado ao Legislativo. Entrou na Justiça e esta o determinou, mas foi seu sucessor, Aloísio Rodrigues, quem o recebeu. Viajou várias vezes a Goiânia e Brasília para ter audiências com autoridades em busca de realizações para Rio Verde.

É um vocacionado não só para o que se denomina de corpo-a-corpo com o eleitorado, mas para as articulações. Por ocasião do afastamento da prefeita Nelci Spadoni, pela Câmara, votou contra tal medida por julgar inoportuna, vez que seu mandato estava a poucos meses de expirar-se. Em sua opinião, bom candidato a prefeito é aquele que passou pela vereança, porque o exercício desta leva o político para perto do povo. Considera o vereador o agente político que mais trabalha para a sociedade.

Por Filadelfo Borges de Lima