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Newton Pereira de Castro

Newton Pereira de Castro

31/01/1963 a 31/01/1965

Newton Pereira de Castro nasceu dia 19 de maio de 1922, em Santa Rita do Araguaia, atual Alto Araguaia, Mato Grosso, fronteira com Goiás. É o segundo dos filhos da grande prole de Olhyntho Pereira de Castro e Carminda de Castro. É irmão, pois, de Walter Pereira de Castro, constante da galeria dos presidentes do Legislativo rio-verdense, e cunhado de outro membro dessa, Luiz Braz da Silva(Walter, por sua vez, cunhado de Juventino Ferreira de Castro).

Por volta de 1925 a família retornou a Rio Verde, instalando-se na que é a hoje Rua Edmundo de Carvalho. Newton iniciou-se maçom dia 13 de janeiro de 1941 na “Estrela Rioverdense”, da qual foi venerável de 1959 a 1960 e de 1960 a 1961. Foi secretário e tesoureiro dessa célula da maçonaria e acompanhou o pai numa dissidência que gerou a “Verdadeira Luz”, criada no dia 31 de julho de 1947, mas retornou à loja que o recebera. Newton compôs o Conselho do Grande Oriente do Estado de Goiás, do qual foi também grande secretário das finanças. Por ser deputado junto à Assembléia Estadual Legislativa do Grande Oriente do Estado de Goiás, assinou a Constituição dessa potência, em 1967.

Passou aos quadros da “Liberdade e União”, da Capital, e se tornou grande secretário do Conselho Kadosch, alcançando o Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 1970. Sob a sua venerança, a “Estrela Rioverdense” inaugurou a escola primária que passou, sob a denominação de “Moreira Guimarães” (em homenagem a um general brasileiro que, maçom, era entusiasta do ensino), a gozar de elevado conceito na cidade. Sua primeira candidatura a vereador ocorreu em 1947, pelo PSD, e não se elegeu, mas assumiu a cadeira por convocação por força de vacância. Candidatou-se outra vez em 1958 e em 1962, quando se elegeu.

Prestando informação por escrito à Secretaria da Câmara, dentro do esforço para formar este trabalho, ele declara que, na década de 40, adquiriu um caminhão e abriu armazém de secos e molhados, ao qual denominou de “Grandes Armazéns Brasil”, mas na verdade um pequeno cômodo onde antes era o escritório de Castro & Cia. Era essa uma empresa familiar. Por volta de 1949, 1950, a família ganhou concessão, em Rio Verde, da Chevrolet. Em 1954 resolveu ele submeter-se ao vestibular de direito, em Goiânia, valendo-me do ginásio de 5 anos completos em 1939, no Colégio do Professor Alfredo Pucca, em São Paulo. Pela legislação vigente, valeria se fosse completo em 1937. A solução encontrada foi matricular-se na Escola Técnica de Comércio, e nesta diplomou-se em 1956, em 1º lugar. Por necessidades da concessionária mencionada, viajava a São Paulo em linhas aéreas que servia à região, por ser muito deficiente o sistema rodoviário.

Trabalhos como empresário, na vereança e na maçonaria, preenchiam-lhe o tempo. Bacharelou-se em 1961. Com os seus irmãos Wellington, Olyntho, Zuleika e o seu genitor, construíram o prédio para a empresa de projeção cinematográfica que então fundaram, com o nome de fantasia “Cine Bagdá, empreendimento de destaque daqueles dias. A primeira companhia telefônica de Rio Verde, acentua ele nesse depoimento, foi fundada por mim e pelo colega (empresário) Evangelino Ferreira Guimarães. O mandato de vereador, nos anos 60, cobriu parte da gestão Paulo Campos, iniciada dia 31 de janeiro de 1961, antes, pois, do pleito proporcional para o Legislativo, levado a efeito no ano seguinte em conjunto com as renovações para a Assembléia Legislativa, Câmara Federal e Senado. Paulo iniciou seu governo com a legislatura eleita em 1958, que cobrira o período de Nestor Fonseca(31.1.59 a 31.1.61). O sucessor de Paulo elegeu-se a 3.10.65 e tomou posse (Eurico Velloso do Carmo) no último dia do primeiro mês de 1966.

Era presidente da Câmara Municipal, eleito pelo PTB, e fazia junto com o prefeito Dr Paulo Campos, o maior esforço para o asfaltamento da rodovia Rio Verde a Itumbiara, no projeto designado Rodovia da Produção. Declara Newton que ele e o prefeito dirigiram-se, pessoalmente, à Presidência da República, para entregar, nas mãos do seu titular, que era João Goulart, o citado projeto, mas este acabou chegando, pelo serviço de Correios, ao Castello Branco, o primeiro dos militares da “Revolução” ocorrida de 1964. Por ser do PTB, partido do presidente deposto, viu-se perseguido. Mudou-se, dia 23 de junho do ano do golpe, para Goiânia, e não mais voltou a residir em Rio Verde.

Por Filadelfo Borges de Lima