acessibilidade
Rádio Web Câmara:
ACESSO À
INFORMAÇÃO
acessibilidade
ACESSO À
INFORMAÇÃO

Joaquim Vicente Paiva

Joaquim Vicente Paiva

1959/ 1960 e 1960/ 1961

Eleito presidente da Câmara no dia da posse na vereança: 31.1.1959. Renunciou na mesma data, e nesta se elegeu vice-presidente (presidente, João da Costa Leão). Passou à condição de vice-presidente no exercício da presidência em quase todo o período de 31.1.59 a 12.8.59.

Presidente eleito: 12.8.1959 a 11.01. 1960 Idem: 11.01.1960 a 16.1.1961. Nasceu em Rio Verde no dia 6.12.1921, filho de Veleriano José Vicente e Maria Francisca Paiva. Sapateiro de profissão, foi um dos amigos muito próximos de Olyntho Pereira de Castro, que também abraçara esse labor profissional e se fizera expressivo empresário do ramo.

Joaquim Vicente tornou-se também lojista de calçados. Olhyntho, líder kardecista em Rio Verde, o influenciou a abraçar essa doutrina, levando-o a renegar o comunismo que havia abraçado. Membro da Loja Maçônica Estrela Rioverdense, desta foi venerável na década de 50, por curto tempo, pois abdicou o posto. Nos anos de 1960 Joaquim Vicente esteve à frente de um trabalho para se criar a Associação Comercial de Rio Verde, e o conseguiu.

A iniciativa, contudo, não prosperou. Mais ou menos duas décadas depois nasceu a Associação Comercial e Industrial de Rio Verde, dia 12 de agosto de 1984, numa reunião no Clube Rioverdense. Em 1976 trabalhou na campanha de Bairon Araújo e de Lauro Pires de Lima, para prefeito e vice-prefeito, respectivamente, pela Arena, e em 1978 o fez a favor da candidatura do também arenista Eurico Velloso do Carmo para deputado estadual. Sogro do empresário Moisés Abrão, deputado estadual eleito pelo PMDB em 1982, Joaquim Vicente prestou serviços no Palácio das Esmeraldas. Regressou a Rio Verde e acabou se fixando na Capital do Estado. Eleito vereador pela primeira vez no dia 3.10.1958, pelo PTB, apoiando as candidaturas oposicionistas de Affonso Rodrigues do Carmo para prefeito e Onaldo Campos para vice-prefeito, derrotados, respectivamente, pelos pessedistas Nestor Fonseca e Clodoveu Leão de Almeida.

A posse de todos os eleitos – para o Executivo e Legislativo – ocorreu na mesma data: 31.1.1959, e a bancada do PSD o escolheu para presidente da Câmara. No seu discurso, terminado esse pleito, disse que recusara convite dessa agremiação para postular a vereança, antes que o PTB o fizesse, e a este respondeu positivamente em razão do seu programa voltar-se às causas trabalhistas. A bancada da União Democrática Nacional, da qual fazia parte o vereador mais votado de todos os concorrentes à vereança, Gonzaga Jayme, duramente o atacou.

O vereador Clayrton, do PSD, declarou que o apoio dos vereadores desse grêmio a um elemento de outra bancada, para a presidência desta Casa, como homenagem a um trabalhista legítimo. Dentre outras expressões, disse que solicitava que o sr. Joaquim Vicente de Paiva retirasse a renúncia feita ao cargo de Presidente eleito, concedendo aparte ao mesmo tempo que rejeitou como falsas as acusações que lhe foram formuladas nesta Casa. É o que se lê na ata da posse, nos arquivos da Câmara Municipal. A leitura desse documento oferece a idéia de que a abdicação da Presidência, mal anunciado o resultado do prelo, deveu-se a pressões oposicionistas. Também renunciou o vice-presidente José Lucas, do PSD. Procedeu-se nova eleição para o preenchimento desses dois postos, e dela saíram vitoriosos, para presidente, João da Costa Leão e, para vice-presidente, Joaquim Vicente Paiva. João da Costa Leão raramente presidiu as sessões.

O Termo de Encerramento do Livro de Atas que cobre o período de 17.10.57 a 12.3.59 é assinado por Joaquim Vicente, na condição de vice-presidente no exercício da Presidência. Os trabalhos de 18.7.59 viram-se conduzidos por João da Costa Leão, que designou seu sogro e adversário, vereador Almiro de Moraes, para a Secretaria. Na data de12 de agosto de 1959 João e Joaquim Vicente renunciaram aos mandatos na Mesa e este se elegeu presidente. Para vice, Waldomiro Tartuce. No dia seguinte João requereu licença de um mês. A 11 de janeiro de 1960 Joaquim Vicente se reelegeu, com 6 votos contra l de Waldomiro Tartuce.

A oposição votou branco. Almiro e Gonzaga Jayme, da UDN, antes da votação, alegando motivos de força maior, deixaram o plenário. Para vice-presidente o eleito foi Waldomiro Tartuce, com 5 votos contra l de Tércio Campos Leão e 1 branco. Para 1º secretário, Iturival Nascimento, suplente, provavelmente convocado para a vaga aberta com a licença do seu correligionário João da Costa Leão. José Lucas de Oliveira foi o eleito para segundo secretário. A gestão dessa executiva da Mesa encerrou-se dia 16 de janeiro de 1961, oportunidade em que se elegeu Waldomiro Tartuce para presidente.

Por Filadelfo Borges de Lima