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Walter Venâncio Guimarães

Walter Venâncio Guimarães

31/01/1987 a 31/01/1988

Mais conhecido por Waltinho do Evangelho (hipocorístico paterno), é rio-verdense de 27.11.1944, filho de Evangelino Ferreira Guimarães e de Arlinda Venâncio Guimarães. Durante muitos anos o seu pai foi concessionário da Chevrolet no município. Evangelino era ligado à UDN e muito amigo de Eurico Velloso do Carmo.

Era irmão de Laudelino, Orcalino e Rosulino. Orcalino foi destacado líder maçônico em Rio Verde, empresário, fazendeiro e esposo de Genesi Jayme, neta paterna de Frederico Jayme. Rosulino, também fazendeiro, era o pai do deputado Wagner da Silva Guimarães, que teve influência política partidária contrária a do primo Walter, porque pessedista. O estudo primário Walter fez na terra natal e o segundo grau em Ribeirão Preto, numa época em que havia, naquela cidade paulista, a república dos rio-verdenses e a república dos jataienses. Um dos seus colegas, à época, era Mauro Moraes, que veio a ser seu colega na Câmara. Pertenciam ao mesmo grêmio: Arena. Começou, não concluiu, em Rio Verde, Ciências Contábeis.

É empresário no setor de consultoria de obras. Em 1972 o César Bastos e o vereador mais votado de Rio Verde, Bairon Araújo, convidaram-no para candidatar-se à Câmara, pela Aliança Renovadora Nacional. Walter aceitou. A Arena ganhou aquela disputa, com Eurico Velloso para prefeito e Bairon para vice-prefeito, e fez maioria na Câmara. Eram estes seus vereadores: Lauro Pires de Lima, Aroldo Oliveira Andrade, Luís Alberto Leão, Walter Venâncio Guimarães, Pedro da Silveira Leão, Mauro Freitas Moraes e Lázaro Sebastião de Oliveira. O MDB elegeu: Iron Nascimento, Osório Santa Cruz, Domingos Moni, Ismael Martins, Geraldo Alves de Souza e Ernesto Pagires. Perderam, por esse partido, para prefeito e vice-prefeito, respectivamente, Maurício de Nassau Arantes Lisboa e Wagner Guimarães Nascimento, o Dr. Waninho.

Walter não conseguiu reeleição, em 1982, mas no fim da legislatura, prorrogada de 4 para 6 anos, deu-se aumento, de 13 para 15, do número de cadeiras. Pelo PDS foi ele quem assumiu. Em 1986, em razão do desligamento do prefeito Osório e do vice-prefeito Carlos Cunha do PMDB e suas adesões ao PDC, Walter passou a pertencer à bancada situacionista, vez que PDC e PDS se aliaram no apoio a Mauro Borges para governador e Joaquim Quinta para vice-governador. O mandato de presidente da Câmara era de dois anos quando ele se elegeu ao cargo.

Para fazê-lo, celebrou acordo escrito com o vereador Cilênio Moraes, PDC, candidato a vice-presidente na sua chapa, prevendo sua renúncia cumprida a metade da gestão. Quando o prazo se aproximava, recebeu pressões de ambos os lados: para que não honrasse o acordado e para que o fizesse. O ex-vereador Isaac Portilho, agora no PDC, foi um dos que o procuraram para propor-lhe obediência ao acertado. Disse-lhe o Walter que o documento pertinente não tinha validade jurídica nenhuma, e por isso o rasgava – e o fez – simbolizando que não pensara em ser desleal à palavra empenhada, e não o seria. No momento oportuno, abdicou para que Cilênio lhe sucedesse.

Articulador e atento à tramitação de projetos e requerimentos, destacou-se por ajuntar-se ao prefeito Eurico Velloso em viagens a Goiânia ou a Brasília em busca de recursos financeiros ou obras para o município. Dele o projeto criando a Secretaria de Indústria e Comércio, da qual veio a ser o primeiro titular. Depois foi secretário dos Transportes.

Por Filadelfo Borges de Lima