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Lauro Pires de Lima

Lauro Pires de Lima

31/01/1973 a 31/01/1975

Nasceu em Rio Verde no dia 30.11.43, filho de José Pires de Lima e Balbina Carneiro de Lima. Até os dez anos residiu a família na Fazenda Lage, neste município. Transferiu-se à sede em 1953, dando início aos seus estudos no Grupo Escolar Eugênio Jardim. O primário e parte do ginasial Lauro realizou na terra natal, e fez o básico em Uberaba. Retornando a Rio Verde, no início dos anos 60, dedicou-se ao trabalho de caminhoneiro, quando realizou viagens pelo Brasil afora.

Casou-se em 1963, nascendo-lhes, daí, três filhos. Em 1970, ano eleitoral – renovação na Câmara Federal, nas Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais e 2/3 no Senado( em Goiás, excepcionalmente, três cadeiras senatoriais em disputa), o ex-prefeito Eurico Velloso do Carmo o convidou para candidatar-se à vereança, logicamente no seu partido, a Arena, de oposição ao prefeito Lauro Martins. Lauro Pires aceitou o convite e se elegeu. A Arena mandou para o Senado seus três candidatos, nesta ordem: Osiris Teixeira, Benedito Vicente Ferreira e Emival Ramos Caiado. Os arenistas de Rio Verde não conseguiram eleger César Bastos deputado federal, mas conduziram Kepler Silva à Assembléia Legislativa, enquanto os emedebistas comemoraram a reeleição, para esta Casa, de Iturival Nascimento e a maioria dos vereadores.

Dentre a bancada minoritária eleita pela Aliança Renovadora Nacional estava Lauro Pires de Lima, com 485 votos. Funcionava a Edilidade no Salão do Palácio Maçônico (da Loja “Estrela Rioverdense”), Rua Nilo Peçanha. Depois passou a ocupar o salão de júri do Fórum, na Rui Barbosa, prédio construído na gestão Lauro Martins, onde permaneceu até mudar-se para a saída Leste de Rio Verde, na Presidente Vargas, prédio mandado erguer pelo prefeito Iron Nascimento. Mais curtos os mandatos dos vereadores eleitos neste ano, de janeiro de 1971 a janeiro de 1973. Para um mandato de quatro: 1973 a 1977, Lauro Pires voltou a candidatar-se em 1972, ano de sucessões municipais em todo o País. Para prefeitos e vice-prefeitos elas não ocorreram nas capitais, nas estâncias hidrominerais e nos municípios considerados área de segurança nacional. Anápolis ainda não se enquadrara nessa rubrica inventada pelo regime militar de 1964.

Em Rio Verde a Arena retomou à Prefeitura com o triunfo da chapa Eurico Velloso e Bairon Araújo, contra a dupla Maurício Arantes e Wagner Guimarães do Nascimento, do MDB. A Arena fez maioria na Câmara: 7 x 6. Lauro, agora, pertencia à bancada mais numerosa e foi o candidato – dentre os concorrentes dos dois partidos – o de maior votação. Um dos mais votados, proporcionalmente, da história rio-verdense. Mal se instala a legislatura, elege-se presidente da Mesa. Além de correligionário, amigo de Eurico Velloso. Por isso, inúmeras vezes o acompanhou a Goiânia em busca de benefícios para o município. Em 1976 postulou a suplência de prefeito, compondo a chapa de Bairon Pereira Araújo, seu colega de Câmara na legislatura eleita em 1970. Do outro lado, dois vereadores: Iron Nascimento e Osório Santa Cruz. Por essa época, ou pouco depois, Lauro Pires de Lima tornou-se funcionário da autarquia Saneamento de Goiás S.A., chegando ao cargo de gerente da regional desse órgão, em Rio Verde.

Em 1983, primeiro ano do governo peemedebista de Iris Rezende Machado, Lauro se viu transferido para Goiânia, interrompendo, assim, sua trajetória política na terra onde nascera. Entrevistado pelo escritor Filadelfo Borges de Lima, no seu gabinete de gerente da Regional do Saneago de Jataí, emocionou-se ao lembrar que a família Pires continuou a prestar serviços a Rio Verde. Embargou-se-lhe a voz ao citar o nome do seu sobrinho Valdeci Pires, falecido quando exercia a vereança, no ano de 1990, em acidente de automóvel, e não se esqueceu de outro sobrinho, também presidente da Câmara, Demilson Lima, e do primo em segundo grau, Dione Vieira Guimarães, atual presidente dessa Casa. . Desde 1987 reside em Jataí, onde se casou novamente, nascendo-lhe mais um filho, e gerencia a Regional da Saneago naquela cidade.

Esse cargo deriva de indicação política de líderes jataienses, com o endosso da administração do órgão, não o tendo ele reivindicado. Sabiam eles da sua participação na vida pública de Rio Verde. Não fugira da mesma linha, sempre em oposição ao MDB/PMDB. Em Jataí pouco se envolveu nas lutas eleitorais. A participação de maior destaque foi na ajuda para eleger seu cunhado Elson Borges, irmão da sua esposa, por um partido de oposição ao PMDB.

Por Filadelfo Borges de Lima