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José Rosa de Lima

José Rosa de Lima

10/08/1956 a 10/01/1957
10/01/1958 a 31/01/1959

Filho de Rufino João de Sousa e Rosa Maria de Jesus, nasceu em Rio Verde – Goiás, em 30 de Agosto de 1895. Caçula de 7 irmãos, todos músicos, João Rosa foi educado pelo seu padrinho, Pedro Ignes Machado o qual além de proporcionar-lhe os estudos regulamentares, foi seu mestre em música, ensinando-lhe ler partituras e tocar vários instrumentos, com destaque para o Bombardino, que tocava na banda regida por Lindolfo França e em solo, acompanhando o padre Mariano, quanto este entoava o TE DEUM nas missas solenes da Matriz de São Sebastião. Após a morte de seu padrinho, transferiu-se para o estado de Mato Grosso – Cuiabá onde complementou seus estudos.

Embora não tenha cursado uma universidade, João Rosa era um profundo conhecedor do Latim, da língua portuguesa, da matemática, da Constituição e das leis civis e penais brasileiras, além de vasto conhecimento geral. Retornou a Rio Verde onde, após abandonar definitivamente a carreira musical, casou-se com Joana Rosa dos Santos Lima, de apenas 14 anos, com quem teve 9 filhos, dois deles falecidos ainda na infância; Antonio Carlos, com 1 ano e cinco meses e Leônidas, com 8 meses. A essa época, João Rosa exercia a atividade de professor rural e contador de grandes fazendeiros da região. Fixou residência na cidade, à Rua Coronel Viano n°12, passando a trabalhar na Loja A Sertaneja, do Sr. Jerônimo Martins, atuando como vendedor, controlador de livros caixa e comprador de mercadorias, para cujo fim viajava às cidades de Uberlândia, Uberaba (MG) e Barretos e Ribeirão Preto (SP), sem deixar as atividades de contador de várias empresas e intermediador ( corretor ) de grandes negócios de compras de fazendas e de partilhas de bens.Paralelamente iniciou sua vida pública como Guarda Livros da Prefeitura.

Em 3 de outubro de 1936 foi nomeado para o cargo de Contador e Distribuidor interino da Comarca de Rio Verde, por ato do Juízo de Direito da Comarca de Rio Verde, assinado pelo Juiz de Direito, Doutor José Campos. Efetivado exerceu a atividade por longo tempo, como constam documentos datados de 1953, da Diretoria Geral da Fazenda do Estado de Goiaz. Em 1955 tornou-se Inspetor Geral da Prudência Capitalização, para o Estado de Goiás e Centro Oeste.Foi nomeado para o cargo de Juiz Substituto da Comarca de Rio Verde, atuando com o Juiz titular, Doutor Paranayba Pirapitinga Santana. Líder político de peso, agregou amigos em todas as áreas e conquistou simpatia e confiança, desde os mais simples moradores às autoridades políticas, militares, civis eclesiásticos. Foi eleito e reeleito vereador pelo PSD, partido ao qual pertenceu durante toda sua vida, cabendo-lhe a honra de presidir a insigne Câmara Municipal.

Em 1958 três dos filhos já estudavam em Goiânia, motivo pelo qual transferiu a família para a capital, entretanto continuou em Rio Verde exercendo suas atividades até aposentar-se como comerciário em meados de 1959, quando se juntou aos familiares.Em Goiânia, contratado pela OSEGO, exerceu a atividade de coordenação de compras e distribuição de suprimentos para os hospitais estaduais.Quando faleceu, em 24 de agosto de 1960, aos 65 anos, deixou viúva e sete filhos, 4 à época, ainda menores: Jerônima – Administradora de RH – Dergo – falecida em 1984Hermann – Odontólogo – INCRA – falecido em 2003Anésia – Assistente Social Agente Fiscal SEFAZErnane – Economista – DergoJoão Rosa – ComerciárioArmênia – Odontóloga – Ministério da SaúdeJosé de Alencar – Odontólogo – INCRADe sua descendência hoje conta-se também 14 netos e 6 bisnetos.Entre seus pertences, um exemplar de Os Sertões, de Euclides da Cunha, uma coleção de moedas estrangeiras, a inseparável caneta Parker 51, o relógio de bolso Ômega, a caixa de rapé, uma caderneta onde consta anotados nome, filiação e data de nascimento de 200 afilhados e uma flâmula comemorativa da cidade que sempre amou: Rio Verde.

Por Filadelfo Borges de Lima