Memória
Felipe Santa Cruz
06/12/1947 a 31/01/1949

Felipe Santa Cruz

06/12/1947 a 31/01/1949

O autor mantém dúvidas quanto ao local de nascimento de Felipe Santa Cruz Serra Dourada. É Sacramento, Minas Gerais, declara o advogado Jerônimo Carmo Moraes. Jerônimo o diz na autoridade de quem passou, a partir de 1939, ano do seu 14º natalício, a viver em Rio Verde (nasceu em Paraúna, ano de 1925), sob os cuidados do casal Felipe e dona Osória Leão, sua tia paterna.Relatou-nos também o sr. Jerônimo que Felipe é mineiro de Sacramento e que viera, ainda na infância, para Palmeiras de Goiás, onde o registraram civilmente. Um incêndio ocorrido no cartório destruiu todos os documentos nele guardados. Inclusive o registro de Felipe Santa Cruz Serra Dourada. Ao regularizar-se omitiu o “Serra Dourada” e, só recentemente, o hoje advogado Jerônimo Carmo Moraes promoveu a retificação, devolvendo o nome primitivo. Felipe chegara a Rio Verde solteiro e, nesta cidade, residia a jovem Osória, cujo apelido era Zozó, filha de Osório da Silveira Leão e de Maria Vasconcelos de Moraes. Osório era irmão de Maria da Conceição Leão, esposa de Antônio Martins Borges (“Maçons & Maçonaria – 60 anos de história da Loja Maçônica Estrela Rioverdense – 1936 – 1996”, pág. 86, 87, de Filadelfo Borges de Lima, ed. do autor). Foi em Palmeiras de Goiás que ele (Felipe) nasceu, no mês de dezembro de 1905. Seu pai chamava-se Benedito Serra Dourada e Luzia Santa Cruz, o nome de sua mãe (“Síntese dos Prefeitos Rio-Verdenses de Martins Borges a Nelci Spadoni”), pág. 40, ed. do autor Filadelfo Borges de Lima. No rodapé da pág. 48, ob. cit., lê-se: Nota do Autor: A informação de que Felipe Santa Cruz nasceu em Palmeiras de Goiás é do seu filho, ex-prefeito Osório Leão Santa Cruz).O livro “Eurípedes Barsanulpho Sob a Luz da História” – Editora Kelps, 2006, com apoio da “Universidade Católica de Goiás” – de Amir Salomão Jacób, nascido em Sacramento e professor universitário em Mato Grosso, fala de um padre que se sobressaiu nessa cidade mineira, na primeira metade do século XX, e aí faleceu em 1948. Esse padre católico-romano chamava-se Pedro Ludovico Serra Dourada. Jerônimo do Carmo, indagado pelo autor destas linhas se havia parentesco entre esse clérigo e seu tio afim Felipe, informou-nos que este era sobrinho daquele(provavelmente materno, conclusão que se chega por causa do sobrenome da mãe de Felipe, igual ao do padre em evidência). Mesmo nascido em Palmeiras de Goiás, as origens de Felipe passam pela terra do Eurípedes Barsanulpho. Consta que viera de lá para Rio Verde indicado, por carta, pelo padre Pedro Ludovico, ao seu homônimo governante de Goiás.Osória Leão, esposa do Felipe, tornou-se, por volta dos sete anos de idade, órfã de mãe. Já o era de pai, vez que este se fora antes que ela chegasse. Amparou-a sua tia paterna Maria da Conceição Leão, também apelidada dona Chatinha, e seu esposo, Antônio Martins Borges, que dela cuidaram como se filha fosse. Era irmã de Maria de Lourdes, esposa de Pedro Quintiliano Leão, o quinto prefeito rio-verdense(1938-1941), sucessor do seu concunhado Felipe. Pedro Quintiliano era o secretário do Executivo na gestão de Antônio Martins Borges, período de 1930 a 1932. Respondeu Quintiliano pelo expediente da prefeitura por força da viagem do Martins a Araguari, para submeter-se a tratamento de saúde, de cuja viagem não regressou, pois lá faleceu no dia 22 de março de 1932. A Martins Borges sucedeu o Oscar Campos Jr., este foi sucedido por Belarmino Cruvinel (genro do primeiro), este por Felipe, este por Pedro Quintiliano. Felipe e Osória tiveram somente um filho: Osório Leão Santa Cruz: vereador(eleito em 1972, MDB), vice-prefeito(eleito em 1976, MDB), deputado estadual(eleito em 1978, MDB), prefeito(eleito em 1982, PMDB), deputado federal(eleito em 1988, PDC), prefeito(eleito em 1992, PDC). Derrotado para deputado estadual em 1998. Felipe foi prefeito de 1935 a 1938. Chegou ao cargo por nomeação do interventor Pedro Ludovico Teixeira e, no ano de 1935, pelo voto popular e na condição de candidato único, ganhou para prefeito, como já demonstramos na primeira parte deste trabalho. Em 1935 era eleita a Câmara Municipal de Rio Verde. De agora em diante, não mais Conselho Consultivo, mas Câmara Municipal. A eleição ocorreu no dia 1º de dezembro de 1935 e a posse dos eleitos no dia 6 de janeiro do ano seguinte, na residência do prefeito Felipe Santa Cruz, com início às quatorze horas. Presentes o juiz eleitoral José Campos e o prefeito eleito, o próprio Felipe Santa Cruz, quatro dos vereadores recentemente eleitos (Gumercindo Ferreira, Octacílio Pessoa Mendes, Epaminondas Portilho e Olyntho Pereira de Castro) e outras autoridades (“Síntese dos Prefeitos rio-verdenses de Martins Borges a Nelci Spadoni”, pág. 46, autor cit.). Essa Câmara veio a ser dissolvida pela Constituição de 10.11.1937, quando implantou o Estado Novo que durou até à queda de Getúlio Vargas, acontecida a 29.10.1945. A atual Câmara é fruto da Constituição de 18.9.1946. O Conselho existente, quando estourou a Revolução de 30, dissolveu-se pelo Decreto 9, do presidente provisório de Goiás, Carlos Pinheiro Chagas, datado de 29 de outubro daquele ano, quando se criou outro com a denominação de “Conselho Municipal Provisório”. Extinto este, nasceu o “Conselho Consultivo”, desaparecido em 1935, brotando das urnas a “Câmara Municipal”, dia 1.12.1935. Felipe se licenciara em Farmácia, em Uberaba, e se mudou para Rio Verde objetivando gerenciar o estabelecimento do gênero de propriedade do médico Pedro Ludovico, nascido na cidade de Goiás, dia 23 de outubro de 1891(faleceu em Goiânia a 17 de agosto de 1979) e que chegara a Rio Verde, para aqui se fixar, em 1917. Segundo Jerônimo Carmo Moraes, o gerente desse estabelecimento era o farmacêutico Ranulfo da Veiga Jardim, conterrâneo e amigo do Dr. Pedro, que se transferira para este município porque assassinara, na sua cidade, a própria esposa e o homem com quem ela se envolvera. Cumprida a pena de cárcere, viera para Rio Verde por temer represálias. Nesta cidade, sudoestina, Ranulfo casou-se com Sílvia, irmã de Gercina, mulher de Pedro Ludovico. De acordo com Jerônimo Carmo Moraes, o seu tio por afinidade, Felipe, assumiu a gerência da referida farmácia depois que Ranulfo deixara a função. Felipe Santa Cruz foi um dos criadores do “Aero Clube de Rio Verde”, fundado dia 30.6.1939. Elegeu-se deputado estadual em 1950, integrando a Legislatura de 15.4.1951 a 31.1.1955. Seu último cargo público foi o de secretário da Fazenda do Estado, na década de 50.

Por Filadelfo Borges de Lima

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Epaminondas Portilho
31/01/1951 a 18/01/1952

Epaminondas Portilho

31/01/1951 a 18/01/1952

É lembrado, na história municipal, por seu apelido de infância, “Nêgo Portilho,” oriundo, muito provavelmente, em razão de ter sido ele o mais moreno entre seus irmãos. Conhecido também por “Tio Nêgo” ou “Ti’Nêgo”, foi o segundo vereador eleito a exercer o cargo de presidente da Câmara Municipal de Rio Verde, em sucessão ao farmacêutico e agro-pecuarista, Felipe Santa Cruz. Natural de Rio Bonito, hoje Caiapônia, cidade esta que foi ao seu tempo, líder na política e no comércio no sudoeste goiano foi filho primogênito do Coronel Isaac Portilho, personalidade essa, destacada na história daquele município onde seu nome aparece registrado, em livros: Cel. Izác Portilho e em outra citação, com a corruptela: “Izá Portilho”, este de ascendência árabe, porém, quase certamente de família oriunda da região de Salamanca, Espanha. Isaac, mineiro natural de Bagagem, hoje Estrela do Sul, município que se situa em área que pertenceu, por algum tempo, à Província de Goiás e que um padre famoso, pretendendo transforma-la em Província autônoma, a registrou como Triângulo Mineiro. Comerciante, se transferiu para o Estado de Goiás onde marcou presença no mesmo ramo, e ainda, na pecuária e na política de Rio Bonito, município onde foi escolhido seu segundo intendente municipal, cargo que até a Revolução de Trinta, se equiparava ao de prefeito.Sua loja se situava em local popularmente denominado “Beco do Coronel Isaac”, conforme citado no livro “O Quadro dos dezoito”, obra em que também aparecem os nomes de seu filho Saddy e de sua tia, Olympia Costa Gomes., Pecuarista, possuiu grande fazenda, (Itaipava), confrontante com a de Demolício de Carvalho, um outro cidadão caiaponiense que se transferiu para Rio Verde no início do século passado. O título de Coronel lhe foi outorgado, como à tantos outros cidadãos, no passado, através de compra ao governo de patente da Guarda Nacional, o que assegurava ao seu detentor imunidades, prestígio e regalias outras, quer no campo social, quer em áreas políticas e jurídicas. “Nêgo Portilho” seu filho mais velho é aqui lembrado, principalmente, por ter sido, como salientamos, o segundo presidente da Câmara Municipal de Rio Verde. Nasceu de segunda união matrimonial havida entre o Cel. Isaac e Cecília (Didi) Alves Martins. Foram seus irmãos: Saddy, que muito jovem se uniu a família Ulhôa, gerando três filhos: Duarte, (falecido), médico que atuou por décadas no Hospital Santa Catarina em Uberlândia; Cecília, que reside nesta mesma cidade e Mauro, (falecido). Este último, muito popular em Rio Verde, onde foi titular de Cartório de Ofícios. Mais conmhecido por “Quito”, foi recebido, por adoção, por seus tios Moisés, Olympia Costa Gomes Este seu tio foi destacado Deputado Constituinte, pós-Revolução de Trinta, sendo profissional prático farmacêutico. Assumiu como interventor o município de Jataí e foi titular de cartório em Goiânia.ex-interventor em Jataí, titular de cartórios em Rio Verde e em Goiânia. Personagem histórica à quem Alfredo Nasser cita, em suas memória, como de sendo de “coragem e fidelidade a toda prova”. Além de Saddy e Epaminondas, são filhos desta segunda união do Cel Isaac: Lourdes, senhora que se destacou, a seu tempo, por sua elegância e “finesse” na sociedade rio-verdense. Foi casada com o odontólogo, Heráclito Fernandes Lima, desta união nascendo um único filho, (falecido), Sadí Lima Portilho. O quarto filho, foi desta união, batizado Isaac, prático em farmácia e que ficou conhecido por seu apelido: “Filhinho”, (ou Filhím), “Portilho”. Casou-se com Maria Rita Moraes. São seus filhos: Isamar, (falecida); Isaac, Cecília Maria e Else. Muito cedo, com cerca de 12 anos de idade, Epaminondas se tornou órfão de pai e a família se mudou para Rio Verde. Daí em diante, “Nêgo Portilho”, assumiu em parte, responsabilidade sobre seus irmãos menores, com o indispensável apoio de suas tias: Alzira Martins, Olympia e “Maria do João Alexandre”. Saddy, seu irmão, faleceu aos 36 anos de idade. O patrimônio legado por seu pai, ao que nos consta, teria ficado em mãos dos filhos da primeira união do Cel Isaac ou de posseiros. Vindo com suas tias para Rio Verde, urgia ao jovem Portilho aprender uma profissão que lhe permitisse se sustentar e aos seus irmãos. Os ofícios de ferreiro, carpinteiro eram aqueles, então, tidos entre as profissões mais nobres e valorizadas. Optou pela primeira onde logo, por ser inteligente, curioso e autodidata, aprenderia a “mexer” nos primeiros automóveis que aportavam por aqui, o que lhe abriu as portas para uma melhor colocação junto à recém-fundada Cia. Auto-Viação Sul Goiana, onde foi mecânico, motorista e auxiliar administrativo, naquela histórica sociedade civil, pioneira no sudoeste goiano, nas áreas de construção de estrada de rodagem, transporte de passageiros e de malas dos Correios e Telégrafos. De mecânico passou a “chaufer” dirigindo um Ford Double Phaeton, 1929, ocupando-se em essas suas solitárias viagens à atividade extra, qual foi, a de verificar visualmente e quando possível reparar, o estado dos fios e postes da linha do telégrafo. Para se credenciar a este ofício de chofer, lhe valeu experiência adquirida quando ainda quase criança, “guiava” o “Fordinho” de seu finado pai em outras tantas e longas viagens quando buscavam mercadorias em Uberaba. Dedicado, sociável e responsável, logo se destacaria como líder na empresa, pela qual se tomou de amores. Pouco tempo se passou antes que a epopéia e planos de Ronan Borges e Sidney Pereira, fundadores da mesma se tornassem inviáveis e deficitários em razão de que, muitos daqueles entusiastas que subscreveram suas ações, desiludidos com a receita adversa, a abandonaram à própria sorte. Ciente de sua importância como elo de desenvolvimento da região, a sociedade civil foi encampada pelo Estado, através do Interventor Dr. Pedro Ludovico Teixeira. Certa tarde, em reunião política na casa do Senador Martins Borges, o assunto veio a tona, discutindo-se que fim se daria à mesma. Incentivado por sua esposa, Else, Epaminondas fez, ao Interventor, proposta de compra da massa falida da Cia. Sul-Goiana, que se constituía na concessão da linha Itumbiara á Mineiros e uma maltratada jardineira Ford, carroceria Grassi, com 16 lugares e motor a óleo cru, marca Hercules-Buda, patrimônio que foi orçado e acertado por um valor aproximado de 4.000$0000 (quatro contos de réis). - Pouco tempo depois a transação se concretizava, desta maneira, tornando “Nêgo Portilho” o primeiro empresário, pioneiro como proprietário particular na exploração de linhas de ônibus no sudoeste goiano, firma registrada sob nome fantasia: “Empresa de Ônibus “E.Portilho,” - (que nunca nos revelou significaria “Emrich Portilho” ou “Epaminondas Portilho”...), mantendo “corridas de jardineira” às segundas e sextas-feiras para Santa Rita do Paranahyba, hoje Itumbiara, e as quartas-feiras para Jataí e Mineiros, saídas às 7:00h. (horários de chegadas? Sem previsão...). Em 1952, com a construção da ligação Montividiu, (“Chapadão”), até a “estrada de Goiânia,” foi iniciada, por esta empresa, “a linha “vai-vem”, (de ida e volta no mesmo dia), aos domingos e as terças-feiras até o ex-aquele ex-distrito de Rio Verde.. Com o prolongamento da mesma, a linha foi ampliada, (1953), até Campo Limpo, (Amorinópolis) e Iporá, (antiga Itajubá). “Em reconhecimento a sua luta e pioneirismo no transporte coletivo intermunicipal, no governo de Eurico Veloso do Carmo, o terminal rodoviário de Rio Verde, construído em outra administração, (Paulo Campos), recebeu seu nome. Na administração Iron Nascimento, foi mantido, por justiça e direito até, seu nome e descerrado seu busto, no atual Terminal Rodoviário de Rio Verde. Paralelamente às suas atividades empresariais, aos sábados e domingos Epaminondas exibia fitas em seu “Cine Progresso,” situado a rua Gumercindo Ferreira, (“rua da avenida”), tendo sido ele o primeiro a trazer para Rio Verde um projetor de “filme falado”. Os cinemas que o antecederam, eram mudos. Pioneiro incansável se tornou operador, voluntário, de um “aparelho de raios-X” trazido dos “States” pelo Dr. Gordon e instalado no antigo hospital que existiu onde se encontra o busto deste médico benemérito. À falta de um técnico que soubesse operá-lo, aliada a grande amizade a família Gordon, nascida quando o casal Dr. Gordon – Dª Helena e seus quatro filhos vieram para o Brasil, ainda sem conhecerem eles, muito bem, o idioma português e se instalou com moradia e casa de saúde, primeiramente, no casarão de João Eduardo Rodrigues da Cunha, na atual pça. Pe. Mariano, quase em frente à casa que sua mãe, “Didi Portilho,” deixara por herança ao “Tio Nêgo” e “Tia Else”, (leia-se Elce), sua esposa, esta nascida em Nova Friburgo, filha de Julio Rodolpho Emrich e de Clara Faustina Emrich, alemães que vieram para o Brasil e se estabeleceram na Faz. Pedra Branca, RJ, antes de se mudarem para Lavras, no Sul de Minas, de onde veio Else Emrich, acompanhando seu irmão, agrimensor Theodulo Emrich, ambos residindo por algum tempo, na Fazenda Campo Alegre, de Narcisa Leão, ficando ela com a responsabilidade de alfabetizar interessados. Depois se transferiu para Rio Verde onde se tornou uma das primeiras professoras do Grupo Escolar “Eugênio Jardim”. Else, cuja família na Europa é de origem católica, se tornara “protestante” e foi um dos esteios na formação da 1º Igreja Presbiteriana de Rio Verde, a que se dedicou com muito afinco e carinho. Nessa religião e igreja, Epaminondas e Else receberam as bênçãos núpciais. Desse casamento nasceram sete filhos: Waldyr. Professor aposentado; destacado colaborador na implantação da Universidade de Rio Verde - FESURV; casou-se com Zélia Guimarães. Edsel, “Dr. Checo”, (falecido). Médico humanitarista, clínico-geral, agro-pecuarista, humanitarista e ex-vereador pelo MDB. Maçom. Casou-se com Nair de Freitas; Delva, professora de inglês, de música sacra e de piano, com estágio nos Estados Unidos. Casou-se com João Tristão de Oliveira. Cecília (solteira, falecida). Secretária Executiva na Editora Martins, Rio de Janeiro. Rodolpho. Casou-se com Laurita Aparecida Gonçalves. Gerenciou por quatro anos a Empresa do “Seu Nêgo Portilho”, (já sob nova denominação: “Viação Portilho” e cujas atividades se encerraram em 1963); ex-redator do primeiro jornal municipal em Rio Verde, (“O Mutirão”), atuou em muitas atividades jornalísticas locais, com artigos e colaborações. Autor de três livros inéditos, sob os títulos: “De Camargo Fleury a Gonzaga e Jaime” – “As Heróicas Abóboras do Rio Verde” e “Efemérides Rio-Verdenses”, tem buscado patrocínio para publicá-los.-Foi gerente de serviços e inspetor, no CRISA, GUIMASA, Xavier Veículos, (Itumbiara); Planalto Máquinas Agrícolas, (Goiânia); Secretário na SERVE, (embrião da FESURV), entre outras atividades participativas. Lourdes. Ex-secretária no “consultório” do antigo Hospital Evangélico. Casou-se com Célio Jaime de Lima. Glaicon. Ex-diretor de departamento de Furnas, em BH e RJ. Técnico em torres de transmissão, trabalhou, para essa multinacional, em Angola. Casou-se com Catarina Maria Lopes. Em segunda união, são filhos de Epaminondas e Maria Sardinha: Oyanarte. Físico nuclear com estágio nos Estados Unidos. Casou-se com Áurea Pimenta. Nelson geólogo, (falecido). Casou-se com Helena. Carlos médico cardiologista em Brasília. Casou-se com Sandy. “Tio Nêgo” Portilho, foi também, um dos pioneiros da aviação civil em Rio Verde, tendo brevetado no Aeroclube Clube de Rio Verde, organização civil hoje inexistente e que, como vários outros aeroclubes surgidos no País, nasceu de incentivo proposto na presidência de Getúlio Vargas, com vistas à formação de pilotos civis, que após treinamento militar nos Estados Unidos, seguiriam para frente de batalha na Itália, quando do envolvimento brasileiro na 2ª Guerra Mundial. Destes pilotos, somente Agostinho Macedo, foi convocado, como pracinha. Lembrando aqui que, do sudoeste, apenas o Tte. Aviador, Diomar Menezes, de Jataí, participou com brilhantismo, naquele conflito mundial. Foi agraciado, por méritos, com medalhas, em reconhecimento aos seus brilhantes feitos, faleceu em acidente aéreo, sobre a Baia de Guanabara, Rio, justamente quando se comemorava o retorno de nossos combatentes. Sem maiores sucessos, o homenageado, e ex-presidente da Câmara Municipal, se dedicou, a pecuária em sítios próximos á cidade. Quando da passagem da famosa Coluna prestes, se engajou, vestiu farda e pegou em armas, pronto a se dirigir para a região de Mineiros, (fazenda de Zèca Lopes). Tornou-se maçom, tendo sido iniciado na Loja Luz e Caridade de Uberlândia. Em Rio Verde, é lembrado como um dos fundadores da Loja Maçônica “Estrela Rio-Verdense”, (sic), da qual, todavia, se afastou, em suas últimas décadas de vida. Em Rio Verde, é lembrado como participante efetivo na fundação da “Loja Maçônica".Foi membro da União Nacional dos Viajantes do Brasil. Na vida pública e política foi fiel partidário do PSD, herança política do PSR, liderado por Pedro Ludovico, além de ter sido um “getulista” apaixonado. Participou na fundação do PTB em Rio Verde, porém, após este ter se unido em campanha, à UDN, aqui liderada por César Bastos, inconciliável adversário político desde os tempos do “caiadismo”, se afastou dos partidos e da política. Para isso muito contribuiu, ainda, o suicídio de Vargas. Nessa ocasião, mandou imprimir e distribuiu, centenas de impressos com o famoso bilhete e carta-testamento, supostamente legada por Vargas, um líder popular autêntico, de quem recebia, ocasionalmente, cartas de próprio punho e em quem depositava esperanças de um Brasil melhor. Em resumo, aqui estão alguns aspectos biográficos retratando a pessoa de um dos primeiros presidentes da Câmara Municipal de Rio Verde, após a Nova República, o “Ti’Nêgo” Portilho, Incontestavelmente, uma vida de pioneirismos, respeito e solidariedade ao próximo. Exemplo de vida para as atuais e futuras gerações, onde se percebe a figura de um homem que se fez por si mesmo e que legou às atuais e futuras gerações, seus exemplos de pioneirismos, de trabalho, de amizade e, sobretudo, de responsabilidade e de honestidade.

Por Filadelfo Borges de Lima

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Juventino Ferreira de Castro
18/01/1952 a 20/01/1953

Juventino Ferreira de Castro

18/01/1952 a 20/01/1953

Nasceu em Rio Verde, 18.12.1916, e nessa cidade faleceu no dia 13 de outubro de 1992. Filho de João Ferreira de Castro e Corina Cândida. Migrou da fazenda, onde residia com os seus, para a sede do município, hospedando-se com o casal Raul Seabra e Luzia, o mesmo que hospedara, em 1917, Pedro Ludovico, quando ele veio de mudança. Raul o empregou na sua farmácia, sem prejuízo dos seus estudos. (Aí trabalhou com poeta rio-verdense Zequinha Seabra (natural de Macaé, Rio de Janeiro, pai de um dos políticos de maior destaque em Goiás, Wilmar Guimarães, e do jogador de futebol Washington, apelidado Goiano, campeão paulista pelo Corinthians em 1954)). Juventino, também conhecido por Fiúco, estudou até concluir o primário. Tornou-se fazendeiro (nessas atividades desenvolveu a pecuária leiteira), piloto de pequenos aviões (um dos fundadores do aeroclube local) e boticário, sendo “Farmácia Seabra” o nome de fantasia da sua empresa. Sócio-fundador da Associação Rural de Rio Verde (14.4.1958). Essa associação se converteu no Sindicato Rural de Rio Verde, do qual foi presidente. Um dos fundadores da Fundação do Instituto de Assistência a Menores de Rio Verde (4.01.1956).Casou-se, no dia 10 de junho de 1946, com Magdalena Leão de Castro, e desse enlace nasceram sete filhos. Líder kardecista e maçônico, teve dois mandatos de venerável da “Estrela Rioverdense”: 1947 a 1948 e 1957 a 1958. Elegeu-se vereador pelo PSD, em 1950, e a seguir presidente da Câmara. Fiel a esse partido, pertenceu ao seu diretório. Extinto em outubro de 1965, o PSD, filiou-se no MDB e no seu sucessor, PMDB. Por lealdade a Mauro Borges, acompanhou-o na dissidência de 1986 e na sua candidatura ao governo do Estado, pela coligação PDC-PDS-PFL. Retornou ao PMDB e seu falecimento se deu poucos dias depois das eleições municipais, que deram a Osório Leão Santa Cruz o segundo mandato de prefeito, pelo PDC que fazia oposição ao governo peemedebista no Estado, mas coligado com o PMDB no município. Por causa dessa coligação, Osório teve o apoio de Fiúco de Castro.

Por Filadelfo Borges de Lima

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Liduíno Arantes
20/01/1953 a 11/07/1953

Liduíno Arantes

20/01/1953 a 11/07/1953

Nasceu em Rio Verde, no dia 29.7.1898 (registrado, equivocadamente – como era costume à época – como nascido a 25.8. 1902). Faleceu no dia 21 de março de 1993. Era, então, viúvo de Hernestina Leão, nascida em 1901 e falecida em 1989. Foi guarda-livros da firma rio-verdense Leão e Cia. Em 1925, mudou-se para Quirinópolis, onde passou grande parte de sua vida exercendo divervarejista de secos e molhados “Síntese dos Prefeitos Rio-Verdenses, de Martins Borges a Nelci Spadoni”, de Filadelfo Borges de Lima).sas atividades, tais como juiz de paz e comerciante Nesse tempo, Quirinópolis pertencia a Rio Verde. Sua emancipação ocorreu a 31.12.1943, instalando-se o município a 22.1.1944. Em 1927, ele participou da comissão encarregada da construção do segundo cemitério daquela localidade ("Quirinópolis Histórico”, de Odir Sagim Junior e Mírian Botelho Sagin, edição dos autores, ano 2000, pág. 26,29 e 33). Hernestina era parenta de Hélio Leão Campos, três vezes prefeito quirinopolino, e de sua esposa Olga Lima Leão (“Quirinópolis Histórico”, autores citados).Candidato a vereador pelo PSD, em Rio Verde, para onde se mudara em 1950, ficou na suplência e acabou convocado para assumir, dirigindo a Casa de 20.01.1953 a 11.07.1953. Admitido nos quadros da CELG, em 1955, no ano seguinte o Conselho Regional de Economistas Profissionais (2º Região) concedeu-lhe o TÍTULO DE HABILITAÇÃO PROFISSIONAL( Nº 273), “por ter preenchido as condições da alínea “a” do artigo 47 do Regulamento aprovado pelo Decreto nº 31,794, de 17 de novembro de 1952. Este título outorga os direitos e prerrogativas inerentes à profissão de Economista. São Paulo, 25 de abril de 1956...Concessão homologada no dia 29.6.1956(“Síntese dos Prefeitos Rio-Verdenses...” pág. 78, aut. citado). Liduíno e Hernestina foram os pais de Sebastião, Quintiliano e Selma. O primeiro, de sobrenome Arantes, pelo PSD ganhou para prefeito as eleições de 3.10.1954, governando de 31.1.55 a 31.1.1959.

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João Rodrigues do Nascimento
11/07/1953 a 12/01/1954

João Rodrigues do Nascimento

11/07/1953 a 12/01/1954

           Nasceu na cidade de Goiás, no dia 24 de junho de 1912, filho de David Emetério Nascimento e de Maria Rodrigues Moraes. Era meio irmão, pelo lado paterno, de Rafael Arcanjo do Nascimento, deputado estadual também natural da cidade de Goiás e que se fixou em Rio Verde, tendo morado algum tempo em Jataí. Rafael faleceu no início da década de 50.Genitor dos ex-deputados Iturival e Iron Nascimento. Essa, talvez, a razão do apelido Joãozinho Rafael ou Joãozinho do Rafael, político da vanguarda do PSD/MDB/PMDB. Faleceu em 19.5.1999.


       Era casado com Palmerina Guimarães Nascimento, conhecida por Nenê. Desse matrimônio, o primogênito é Wagner Guimarães Nascimento, médico e político com dois mandatos de deputado estadual e de vereador, duas vezes presidente da Câmara. João Rafael foi um dos fundadores do Instituto de Assistência a Menores. Durante muitos anos morou no então distrito de Montividiu. Fixando-se na sede do município, continuou com a profissão que exercia naquela localidade: lojista. Foi membro da Loja Maçônica Estrela Rioverdense.

 

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Agenor Diamantino
12/01/1954 a 31/01/1955

Agenor Diamantino

12/01/1954 a 31/01/1955

Nasceu em Rio Verde, no dia 12 de janeiro de 1902 e faleceu no 30 de maio de 1975. Era filho de Matildes Raquel Diamantino e de Afonso Diamantino, que morreu antes do nascimento do filho Agenor. Além de Agenor, Matildes teve, também, Afonso Afonso Geraldo Diamantino, nascido em 1897, que faleceu em idade avançada. Afonso foi construtor nesta cidade e com Agenor participou da maçonaria, tendo sido este um dos doze fundadores da “Estrela Rioverdense", fato ocorrido em 11 de maio de 1936. Cinco dias depois, Agenor ofereceu a planta da futura sede, que se encontra no Palácio Maçônico da Nilo Peçanha. Agenor foi um dos mais destacados líderes da maçonaria sudoestina, tanto que se criou, no dia 12.7.1943, em Paraúna, a Loja, não mais existente, com o título “Estrela Diamantina”, em sua honra. Teve seis mandatos de venerável da “Estrela Rioverdense” e galgou elevados graus da Ordem. Antes de se filiar no PSD o fez no PC do B, em 1945, pelo qual postulou e perdeu cadeira de deputado estadual. Sua filiação no PSD mereceu manifesto do Comitê Municipal do Partido Comunista do Brasil, datado de 1º de setembro de 1950, condenando, com veemência, sua atitude. Por esse partido, ou seja, PSD, elegeu-se vereador em 1954. Em março de 1955 teve início o mandato de governador do José Ludovico de Almeida, que se encerrou dia 31 de janeiro de 1959, sucedido por José Feliciano Ferreira, seu aliado, que derrotara o rio-verdense, César da Cunha Bastos, da UDN, na eleição de 3.10.1958. Tendo sido de somente dois anos a gestão do Feliciano, no dia 3 de outubro de 1960 deu-se o pleito para suceder-lhe, disputado por Mauro Borges, do PSD, contra o ex-governador, Juca Ludovico, que rompera com essa agremiação e se agasalhara no PSP, partido coligado com a UDN e PDC. Agenor, que fora secretário de Obras do governo Juca, acompanhou o ex-governador no rompimento com o PSD e, também da candidatura.

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Walter Pereira de Castro
31/01/1955 a 19/02/1955

Walter Pereira de Castro

31/01/1955 a 19/02/1955

Walter Pereira de Castro, médico e policial-militar, filho de Olhyntho Pereira de Castro e Carminda de Castro. Nasceu em Santa Rita do Araguaia, Mato Grosso (atualmente, Alto Araguaia, na divisa com Goiás. Do lado de cá é a antiga Ivapé, denominada Santa Rita do Araguaia), no dia 13 de janeiro de 1921. Nessa localidade residiam, à época, seus pais. É casado com Maria Ferreira de Castro, irmã de Juventino Ferreira de Castro, também ex-vereador e ex-presidente da Câmara. Para a terra dos seus genitores, Rio Verde, mudou-se ainda criança. Olhyntho, seu pai, era filho de Flausino de Castro e Custódia, que vieram de Minas Gerais. Flausino, por sua vez, era filho de Antônio Borges de Castro e Ana Maria de Jesus, sendo que esta era irmã de José Pereira Guimarães. José Pereira Guimarães era esposo de Maria Joaquina do Nascimento, irmã de Antônio Borges de Castro, e desse enlace nasceu Custódia. Antônio e Maria Joaquina, José e Ana Maria eram filhos de dois casais de portugueses que emigraram para o Brasil e fixaram-se na região da Mantiqueira. Manoel de Castro, irmão de Flausino, foi um dos fundadores do povoado “Água Fria”, então território de Jataí, emancipado na década de 1950 e se constitui no hodierno município de Caçu. Foi aí que nasceu Olyntho, no primeiro dia de setembro de 1899, numa fazenda, provavelmente, de propriedade do seu tio Manoel, onde estava a passeio a sua genitora, residente, com o marido, em Rio Verde..Teotônio, outro irmão de Flausino, era carpinteiro e foi o primeiro fabricante, em termos profissionais, de caixões fúnebres, em Rio Verde, onde faleceu em 1938. Olhyntho, guarda-livros, empresário, afilhado do padre Mariano (falecido este com mais ou menos 63 anos de idade, em março de 1917), e depois líder espírita, muito se destacou na maçonaria. Foi um dos 12 fundadores da “Estrela Rioverdense” e liderou a criação da “Verdadeira Luz”, ambas de Rio Verde. Foi ele primeiro venerável daquela e desta. Walter formou-se em medicina pela Faculdade Nacional do Rio de Janeiro (o primeiro dentre os rio-verdenses a diplomar-se nessa ciência), em cuja cidade fizera o pré-universitário. O primário ele cursou em Rio Verde e o ginasial, iniciado em Goiás, antiga capital, concluiu em São Paulo, depois de estudar a segunda e a terceira séries em Uberlândia. Ainda na “Cidade Maravilhosa” estagiou-se no Pronto Socorro Carlos Chagas, na Maternidade Escola Universitária do Brasil, Maternidade São João Batista e Policlínica Botafogo. Foi aluno do Curso de Citologia Oneoica e Hormonal, organizado pela Sociedade Goiana de Ginecologia e Obstetrícia, do Centro de Preparação de Reserva –C.P.O.R. , no Rio de Janeiro. Fez o “Curso de Monitoragem Obstetrícia” e estagiou-se aspirante na Terceira RI de São Gonçalo”, Estado do Rio. Atividades médicas: em Rio Verde, diretor do Hospital Santa Terezinha, do qual foi um dos fundadores (sócio de Alcyr Mendonça, deputado estadual na legislatura de 1967 a 1971) e professor de Anatomia Descritiva da Escola de Enfermagem Cruzeiro do Sul. No Hospital Geral de Goiânia-INAMPS desempenhou a chefia da unidade de pacientes externos e dirigiu a Divisão Médico-Assistencial. Esteve à frente do Hospital Santa Maria (Goiânia). Subchefe do Serviço de Saúde da Polícia Militar do Estado de Goiás e chefe do PAM, no INAMPS, também em Goiânia. Participou dos seguintes certames científicos:1º Ciclo de palestras médicas do Médio Norte de Goiás.1ª Jornada Obstetrícia em Ginecologia do Brasil Central.VII Ciclo de palestras Ginecologia e Obstetrícia em Brasília.1ª Convenção Hospitalar em Goiânia.1º Simpósio Médico Brasil-Japão, em Tókio.Convocado 2º Tenente da 4ª RI de Quitaúna, São Paulo, e transferido para Depósito Força Expedicional Brasileira (FEB), no Rio de Janeiro. Walter Pereira de Castro ingressou no quadro de médicos da Polícia Militar, pelo Segundo Batalhão de Rio Verde. Aprovado em concurso para 1º tenente. Foi subchefe do serviço de saúde dessa corporação. Presidiu o Clube de Oficiais e a Caixa Beneficente da Polícia Militar e foi diretor da Divisão Médico-Assistencial do Hospital Geral de Goiânia Inamps. Da Associação Médica do Estado ocupou o posto de vice-presidente e presidente do Serviço Médico em Goiás. Membro da Comissão de Seleção para médicos da Polícia Militar goiana e aluno da Escola Superior de Guerra.A exemplo do pai e de irmãos ingressou na maçonaria e integra a “Liberdade e União”, de Goiânia, e o Supremo Kadosch nº 6, também em Goiânia.

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Nestor Fonseca
19/02/1955 a 10/01/1956

Nestor Fonseca

19/02/1955 a 10/01/1956

          Empossado dia 31 de janeiro de 1955, nessa data elegeu-se vice-presidente da Casa, sendo presidente, Walter Pereira de Castro. Assumiu a presidência com a renúncia deste e até ser sucedido por Lauro Martins, eleito dia 10 de janeiro de 1956. Nasceu em Rio Verde, no dia 17 de abril de 1916, onde faleceu no dia 17 de dezembro de 2004. Filho de Umbelino José da Fonseca e Maria Brígida da Fonseca. Casou-se com Emília Baylão Fonseca. Durante alguns anos, ele patrocinou festas, que se tornaram famosas, alusivas a natalícios seus, na sua fazenda. Era primo primeiro de Eurico Velloso, tradicional udenista que, por três vezes, governou Rio Verde.

         Nestor pertenceu ao Rotary, à Loja Maçônica Estrela Rioverdense e ao Sindicato Rural, tendo sido deste último presidente. Seu partido era o PSD. Extinto este, militou nos seus sucessores MDB e PMDB, rompendo em 1986, em solidariedade ao senador Mauro Borges, seu velho aliado e amigo. Não mais voltou ao PMDB, embora apoiasse Iris Rezende, em 1998, na sua terceira eleição para governador, tendo sido derrotado pelo deputado federal Marconi Perillo, do PSDB. Elegeu-se prefeito para mandato de dois anos, no dia 3.10.1958. Com ele se elegeu o primeiro vice-prefeito local, Clodoveu Leão de Almeida, do mesmo partido. Na época, votava-se separadamente para cabeça de chapa e suplente. Governou de 31.1.1959 a 31.1.1961.

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Lauro Martins
10/01/1956 a 10/08/1956

Lauro Martins

10/01/1956 a 10/08/1956

Filho do ex-prefeito Jerônimo Martins e de Dalila Jayme Martins, nasceu no dia 1º. 12.1925, em Rio Verde, e faleceu no dia 13 de janeiro de 2006. Era neto materno do intendente Frederico Gonzaga Jayme. Formou-se advogado no Rio de Janeiro em 1951, recebendo o diploma em 1952. Em 1954 consagrou-se como, provavelmente, o mais votado de todos os vereadores da história rio-verdense, vez que recebeu 571 sufrágios dos 5.406 apurados, de acordo com o Diploma da Justiça Eleitoral com a assinatura do juiz da Trigésima Zona, Paranahyba Pirapitinga Santana, datado de 29 de janeiro de 1955. Em 1969, tornou-se prefeito com elevada votação, pois lhe foram dados 8.452 sufrágios num universo apurado de 14.182. Casado com Maria José Garcia Martins, paulista de Barretos, que se mudara para Rio Verde no fim da década de 40. Dividiu-se a família Jayme, descendentes do Frederico, em 1947, vez que os dois postulantes à Prefeitura eram o seu genro, Jerônimo Martins e o seu filho, Erasmo Jayme, respectivamente. Aquele, pelo PSD, que venceu a disputa; este o fez pela UDN. No Rio de Janeiro, Lauro se fez getulista, mas foi pelo PSD que ganhou a vereança em 1954, ano da trágica morte desse presidente, no Catete, dia 24 de agosto. De sua autoria, o projeto de mudança do nome da Avenida Goiás para Avenida Presidente Vargas. No transcurso do mandato aderiu-se ao PTB, um dos dois partidos (PSD, o outro) criados por Vargas, e passou à oposição aos governos do Estado e do município (o PTB estava no governo federal, com João Goulart vice-presidente, eleito com Juscelino, do PSD, dia 3.10.1955 e empossados, no dia 31.1.1956, com mandatos até 31.1.1961). O PTB goiano apoiou a candidatura do udenista César Bastos para governador. No município, pela primeira vez, a UDN, principal grêmio de oposição, deixou de ter candidato próprio, preferindo apoiar Affonso Rodrigues do Carmo para prefeito e Onaldo Campos para vice-prefeito, pelo PTB, derrotados pela dupla pessedista, Nestor Fonseca e Clodoveu Leão de Almeida. Quando veio a disputa pela sucessão do Nestor, mais uma vez a UDN apoiou nome do PTB para prefeito, representado na candidatura de Lauro Martins. Para vice-prefeito, Alcyr Mendonça, da UDN. No mesmo dia – 3.10.1960 – houve eleições para governador, vice-governador, presidente e vice-presidente da República. Apenas em Rio Verde o PTB se coligou com a União Democrática Nacional. Lauro e Alcyr foram derrotados pelos pessedistas Paulo Campos (prefeito) e Edmundo Rodrigues da Cunha (vice-prefeito). Continuavam desvinculados os sufrágios para prefeito e vice-prefeito, governador e vice-governador, presidente e vice-presidente. Ao Executivo estadual as oposições, traduzidas na aliança PSP-UDN-PDC, concorreram com a chapa Juca Ludovico e José Fleury, enquanto que a situação se formava com a dupla Mauro Borges (PSD) e Rezende Monteiro (PTB). Esta última saiu-se vitoriosa. A união PSD-PTB, que elegera Juscelino e Jango em 1955, apresentou-se, em 1960, com Teixeira Lott e Jango (permitida a reeleição para mandato imediato dos vices). A UDN apoiou Jânio, do PTN, com quem lançou Milton Campos (derrotado por Jango em 1955). O PSP, que em Goiás caminhava com a UDN e sustentava a pretensão de Juca Ludovico, ficou com seu fundador na peleja presidencial, Adhemar de Barros. Assim, o candidato a governador José Ludovico apoiava o Adhemar e seu companheiro de chapa, José Fleury, marchava com o Jânio. Havia um candidato avulso à vice-presidência. Era ele o gaúcho Fernando Ferrari, do MTR – Movimento Trabalhista Renovador. Lauro apoiou Jânio Quadros, Fernando Ferrari, Juca e Fleury. Ganharam o Lott, o Jango, o Mauro, o Rezende, o Paulo e o Edmundo. Em 1962, Lauro voltou ao PSD e defendeu a candidatura de Sebastião Arantes para deputado estadual, que ganhou o pleito. Lauro contestou o golpe de 1964 e ficou no MDB, por cuja legenda ganhou a Prefeitura, em 1969. Em 1974, o MDB o convidou a candidatar-se ao Senado, ele não aceitou. Saiu candidato pela Arena, Manoel dos Reis, prefeito de Goiânia e que pretendia o governo do Estado, contra o emedebista Lásaro Barbosa, que se beneficiou da onda nacional favorável à oposição. Era o começo do fim do regime militar. Dois anos depois, Lauro deixou o MDB para apoiar o vice-prefeito, Bairon Araújo, à sucessão do seu (do Lauro) primo, Iron Nascimento. A chapa arenista se completava com Lauro Pires para vice-prefeito e a emedebista com Osório Leão Santa Cruz. Essa posição do ex-prefeito Lauro equilibrou a disputa, até então tida como amplamente favorável aos vereadores Iron e Osório, que triunfaram pela diferença de apenas 59 votos. Lauro Martins discordou do endosso, da parte diretória arenista local, à candidatura de Hélio Levy para deputado federal, em 1978, e formou dissidência composta, dentre outros, pelo seu primo e ex-vereador Gonzaga Jayme, e por outro primo seu, o ex-deputado estadual Kepler Silva, e lançou apoio a Brasílio Caiado. Ambos se elegeram. Hélio teve a segunda maior votação em Rio Verde (Iturival Nascimento, do MDB, em primeiro), e Brasílio ficou em terceiro. Nessa eleição Iturival ganhou seu segundo mandato na Câmara dos Deputados. Lauro foi para o PDS, partido criado para suceder a Arena, e para o PP, sucessor do PDS. Novamente abriu dissidência em 1988, para não avalizar as candidaturas do Paulo Roberto Cunha para prefeito e do Eurico Velloso do Carmo para vice-prefeito, e ingressou na campanha do Iron Nascimento, (para vice-prefeito, Lupércio Jaime Martins, irmão do Lauro). Ganharam o Cunha e o Velloso. Em 1992, convidado para ser candidato do PDS para prefeito, não aceitou, e o nome lançado foi Nelci Spadoni, que teve seu apoio em 1996. Um ou dois anos antes de falecer regressou ao PMDB. Sua gestão de prefeito voltou-se essencialmente para a zona rural, com abertura de estradas e construção de pontes. Preocupou-se com a correção do solo e muito trabalhou nesse sentido. Já no início dos anos 1950, como atesta o jornal de sua propriedade, que circulava nesse tempo, “Folha do Sudoeste”, semeava a idéia do cooperativismo. Quando prefeito, criou a cooperativa rural, que logo se extinguiu – o que faz dele pioneiro, no município, desse empreendimento -. Em 1975, nasceu a “Comigo”. Mas a semeadura ele principiara. Foi o fundador da “Associação Pró-Futuro”(5.1.1943), entidade sem fins lucrativos que dava assistência social(compra de medicamos e abate de reses para famílias pobres, além de registros civis de pessoas menos favorecidas). “Pró-Futuro” possuía um time de futebol.Além de advogado, era fazendeiro. Há alguns anos antes do seu óbito deixara o exercício da advocacia.

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José Rosa de Lima
10/08/1956 a 10/01/1957 e 10/01/1958 a 31/01/1959

José Rosa de Lima

10/08/1956 a 10/01/1957 e 10/01/1958 a 31/01/1959

Filho de Rufino João de Sousa e Rosa Maria de Jesus, nasceu em Rio Verde – Goiás, em 30 de Agosto de 1895. Caçula de 7 irmãos, todos músicos, João Rosa foi educado pelo seu padrinho, Pedro Ignes Machado o qual além de proporcionar-lhe os estudos regulamentares, foi seu mestre em música, ensinando-lhe ler partituras e tocar vários instrumentos, com destaque para o Bombardino, que tocava na banda regida por Lindolfo França e em solo, acompanhando o padre Mariano, quanto este entoava o TE DEUM nas missas solenes da Matriz de São Sebastião. Após a morte de seu padrinho, transferiu-se para o estado de Mato Grosso – Cuiabá onde complementou seus estudos. Embora não tenha cursado uma universidade, João Rosa era um profundo conhecedor do Latim, da língua portuguesa, da matemática, da Constituição e das leis civis e penais brasileiras, além de vasto conhecimento geral. Retornou a Rio Verde onde, após abandonar definitivamente a carreira musical, casou-se com Joana Rosa dos Santos Lima, de apenas 14 anos, com quem teve 9 filhos, dois deles falecidos ainda na infância; Antonio Carlos, com 1 ano e cinco meses e Leônidas, com 8 meses. A essa época, João Rosa exercia a atividade de professor rural e contador de grandes fazendeiros da região. Fixou residência na cidade, à Rua Coronel Viano n°12, passando a trabalhar na Loja A Sertaneja, do Sr. Jerônimo Martins, atuando como vendedor, controlador de livros caixa e comprador de mercadorias, para cujo fim viajava às cidades de Uberlândia, Uberaba (MG) e Barretos e Ribeirão Preto (SP), sem deixar as atividades de contador de várias empresas e intermediador ( corretor ) de grandes negócios de compras de fazendas e de partilhas de bens.Paralelamente iniciou sua vida pública como Guarda Livros da Prefeitura. Em 3 de outubro de 1936 foi nomeado para o cargo de Contador e Distribuidor interino da Comarca de Rio Verde, por ato do Juízo de Direito da Comarca de Rio Verde, assinado pelo Juiz de Direito, Doutor José Campos. Efetivado exerceu a atividade por longo tempo, como constam documentos datados de 1953, da Diretoria Geral da Fazenda do Estado de Goiaz. Em 1955 tornou-se Inspetor Geral da Prudência Capitalização, para o Estado de Goiás e Centro Oeste.Foi nomeado para o cargo de Juiz Substituto da Comarca de Rio Verde, atuando com o Juiz titular, Doutor Paranayba Pirapitinga Santana. Líder político de peso, agregou amigos em todas as áreas e conquistou simpatia e confiança, desde os mais simples moradores às autoridades políticas, militares, civis eclesiásticos. Foi eleito e reeleito vereador pelo PSD, partido ao qual pertenceu durante toda sua vida, cabendo-lhe a honra de presidir a insigne Câmara Municipal.Em 1958 três dos filhos já estudavam em Goiânia, motivo pelo qual transferiu a família para a capital, entretanto continuou em Rio Verde exercendo suas atividades até aposentar-se como comerciário em meados de 1959, quando se juntou aos familiares.Em Goiânia, contratado pela OSEGO, exerceu a atividade de coordenação de compras e distribuição de suprimentos para os hospitais estaduais.Quando faleceu, em 24 de agosto de 1960, aos 65 anos, deixou viúva e sete filhos, 4 à época, ainda menores: Jerônima – Administradora de RH – Dergo - falecida em 1984Hermann – Odontólogo – INCRA – falecido em 2003Anésia – Assistente Social Agente Fiscal SEFAZErnane – Economista – DergoJoão Rosa – ComerciárioArmênia – Odontóloga – Ministério da SaúdeJosé de Alencar – Odontólogo – INCRADe sua descendência hoje conta-se também 14 netos e 6 bisnetos.Entre seus pertences, um exemplar de Os Sertões, de Euclides da Cunha, uma coleção de moedas estrangeiras, a inseparável caneta Parker 51, o relógio de bolso Ômega, a caixa de rapé, uma caderneta onde consta anotados nome, filiação e data de nascimento de 200 afilhados e uma flâmula comemorativa da cidade que sempre amou: Rio Verde.

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Pedro Velasco
10/01/1957 a 29/04/1957

Pedro Velasco

10/01/1957 a 29/04/1957

Pedro Velasco nasceu em Rio Verde no ano de 1929, filho do ex-intendente Joaquim Velasco com sua esposa Maria Moraes. Seu pai era primo de Domingos Velasco, um dos grandes vultos do socialismo brasileiro, tendo sido senador por Goiás e deputado federal pelo Rio de Janeiro. Os primos Joaquim e Domingos eram da cidade de Goiás. Pedro Velasco militara, antes de se eleger vereador, em 1954, pelo PSD, na UDN, partido do seu parente Domingos Velasco ( os socialistas formavam, na UDN, a “Esquerda Democrática”, grupo que deu origem ao Partido Socialista Brasileiro, PSB). Pedro Velasco ingressou no Fisco estadual, no cargo de exator, e o exerceu neste e em outros municípios. Foi destacado desportista, dirigindo o Inhumas e o Esporte Clube Rio Verde. Aposentou-se na década de 80 e sua residência é Goiânia, mas vem sempre a Rio Verde. Do PSD passou aos grêmios que sucederam a esse partido político, sendo, por isso, filiado no PMDB.De Lauro Martins foi grande amigo, correligionário e adversário. Caminharam lado a lado nos ideais do “Pró-Futuro” (ver quadro número 9). Essa amizade não impediu que Velasco apoiasse, por questão de disciplina partidária, o Paulo Campos, em 1960, em detrimento do Martins, para prefeito. Em 1976, Lauro Martins apoiou Bairon Araújo e Lauro Pires, mas Pedro preferiu marchar com Iron e Osório. Dia 29 de abril de 1957, Pedro Velasco pediu licença da Câmara por 30 dias. Assumiu, nessa data, a Presidência, o pessedista Tércio Campos Leão.

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Tércio Campos Leão
24/04/1957 a 11/12/1957

Tércio Campos Leão

24/04/1957 a 11/12/1957

Parece haver tradição, no parlamento brasileiro, em todos os níveis, e mesmo no exterior, de suplente não se eleger à Mesa. Primeiramente por causa da excepcional transitoriedade da sua ascensão. A representativade seria o segundo ponto, vez que o titular ganhou a eleição, não o fez o suplente. Não havendo, óbvio, impedimento legal, o reserva pode ser conduzido à executiva do poder legislativo, ou seja, à sua direção. Essa praxe parece existir mesmo no caso de reserva efetivado, que é aquele que não regressará à reserva porque a vacância se deu por morte, renúncia ou licença até o esgotamento da legislatura. Lembramos essas coisas porque, na nossa memória, a eleição, em Goiás, do deputado Turmim Azevedo, na nona legislatura (1979-1983), à Presidência do Palácio Alfredo Nasser, foi apontada como exceção. Como assumira Turmim – que tivera dois mandatos à frente da prefeitura de Santa Helena de Goiás - ignoramos, e não cabe aqui a discussão. Mencionamo-lo por ser o seu caso análogo à escolha de Tércio Campos Leão para vice-presidente da Câmara Municipal.A 10 de abril de 1956, convocado para assumir cadeira de vereador, Tércio assumiu, mas requereu licença por 70 dias. Dia 10 de agosto desse ano, Lauro Martins renunciou à Presidência e fez-se eleição para toda a Mesa. As lavraturas de atas do Legislativo rio-verdense, dessa época e de outras pretéritas, geralmente se mostravam deficientes. Esse foi o caso, pois ela não acusa renúncia de todo o corpo diretivo da Casa, mas só do presidente, contudo a eleição se fez para o conjunto. Elegeram-se, nessa oportunidade, João Rosa Lima presidente e Tércio Campos Leão para 2º secretário. Antes, votou-se para 1º secretário e ele empatou (3 x 3) com Nestor Fonseca, este proclamado eleito por ser mais idoso do que seu concorrente.. No outro caso, Campos Leão recebeu 4 sufrágios contra 3 do Waldomiro, 1 para o Lauro e 3 brancos. Tendo Velasco se afastado da Presidência, como se lê em linhas anteriores, assumiu o Tércio, por força regimental. Ele é filho de Honorina Campos Leão e de João Vicente Campos Leão, nascido dia 24 de março de 1921 e falecido em Rio Verde a dia 10 de setembro de 1979. Na edição de 22.3.2002, o autor destas linhas, que à época apresentava (e redigia o texto) o programa “Revendo a História”, da “96-FM”, homenageando personagens vivos e ou falecidos da história rio-verdense, focalizou a figura de Tércio Campos Leão. Foi dito, nessa oportunidade (cópia impressa em poder do autor) que Tércio e Valeriano Leão (irmão de João da Costa Leão, que foi também presidente da Câmara Municipal) estiveram na vanguarda da mecanização agrícola do município. Sua propriedade rural procedia de herança, pois neto, pelo lado do pai, do fazendeiro conhecido por Coronel Vaiano, que dá nome a uma das principais ruas de Rio Verde. Do lado materno, Oscar Campos o seu avô. A história dessas duas famílias confunde-se, Campos e Leão, com a história de Rio Verde (idem, idem).Na citada homenagem foi dito também que Tércio importou máquina agrícola. Entusiasmou-se, queria melhorar o setor e para tanto contraiu dívidas bancárias. A fim de honrá-las, vendeu terras. Consta – prossegue o texto em destaque – que foi dono do primeiro cartório de Maurilândia, quando essa localidade pertencia ao município de Rio Verde e se chamava Garimpo do Rio Verdão... Em 1967, Tércio assumiu o Cartório de Famílias e Sucessões e levou para ajudá-lo o filho Evaldo Vilela Leão, que é, hodiernamente, seu titular. Tércio Campos Leão, rotariano atuante, deixou viúva Ana Vilela de Moraes Leão, natural de Jataí. Desse matrimônio nasceram 6 filhos e 4 filhas que, obviamente, propagaram-se. Esse matrimônio foi nova mescla de Leão e Campos com Vilela de José Manoel Vilela e Leocádia Perpétua da Silveira, e com os Gouveias de Moraes de José Carvalho Bastos e Ana Cândida de Moraes Gouveia, casais fundadores de Jataí, dos quais descendem dois foram governadores de Goiás: José Feliciano Ferreira (1959-1961) e Maguito Vilela (1995-1998).

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Joaquim Vicente Paiva
1959/ 1960 e 1960/ 1961

Joaquim Vicente Paiva

1959/ 1960 e 1960/ 1961

Eleito presidente da Câmara no dia da posse na vereança: 31.1.1959. Renunciou na mesma data, e nesta se elegeu vice-presidente (presidente, João da Costa Leão). Passou à condição de vice-presidente no exercício da presidência em quase todo o período de 31.1.59 a 12.8.59.Presidente eleito: 12.8.1959 a 11.01. 1960Idem: 11.01.1960 a 16.1.1961. Nasceu em Rio Verde no dia 6.12.1921, filho de Veleriano José Vicente e Maria Francisca Paiva. Sapateiro de profissão, foi um dos amigos muito próximos de Olyntho Pereira de Castro, que também abraçara esse labor profissional e se fizera expressivo empresário do ramo. Joaquim Vicente tornou-se também lojista de calçados. Olhyntho, líder kardecista em Rio Verde, o influenciou a abraçar essa doutrina, levando-o a renegar o comunismo que havia abraçado. Membro da Loja Maçônica Estrela Rioverdense, desta foi venerável na década de 50, por curto tempo, pois abdicou o posto. Nos anos de 1960 Joaquim Vicente esteve à frente de um trabalho para se criar a Associação Comercial de Rio Verde, e o conseguiu. A iniciativa, contudo, não prosperou. Mais ou menos duas décadas depois nasceu a Associação Comercial e Industrial de Rio Verde, dia 12 de agosto de 1984, numa reunião no Clube Rioverdense. Em 1976 trabalhou na campanha de Bairon Araújo e de Lauro Pires de Lima, para prefeito e vice-prefeito, respectivamente, pela Arena, e em 1978 o fez a favor da candidatura do também arenista Eurico Velloso do Carmo para deputado estadual. Sogro do empresário Moisés Abrão, deputado estadual eleito pelo PMDB em 1982, Joaquim Vicente prestou serviços no Palácio das Esmeraldas. Regressou a Rio Verde e acabou se fixando na Capital do Estado. Eleito vereador pela primeira vez no dia 3.10.1958, pelo PTB, apoiando as candidaturas oposicionistas de Affonso Rodrigues do Carmo para prefeito e Onaldo Campos para vice-prefeito, derrotados, respectivamente, pelos pessedistas Nestor Fonseca e Clodoveu Leão de Almeida. A posse de todos os eleitos - para o Executivo e Legislativo - ocorreu na mesma data: 31.1.1959, e a bancada do PSD o escolheu para presidente da Câmara. No seu discurso, terminado esse pleito, disse que recusara convite dessa agremiação para postular a vereança, antes que o PTB o fizesse, e a este respondeu positivamente em razão do seu programa voltar-se às causas trabalhistas. A bancada da União Democrática Nacional, da qual fazia parte o vereador mais votado de todos os concorrentes à vereança, Gonzaga Jayme, duramente o atacou. O vereador Clayrton, do PSD, declarou que o apoio dos vereadores desse grêmio a um elemento de outra bancada, para a presidência desta Casa, como homenagem a um trabalhista legítimo. Dentre outras expressões, disse que solicitava que o sr. Joaquim Vicente de Paiva retirasse a renúncia feita ao cargo de Presidente eleito, concedendo aparte ao mesmo tempo que rejeitou como falsas as acusações que lhe foram formuladas nesta Casa. É o que se lê na ata da posse, nos arquivos da Câmara Municipal. A leitura desse documento oferece a idéia de que a abdicação da Presidência, mal anunciado o resultado do prelo, deveu-se a pressões oposicionistas. Também renunciou o vice-presidente José Lucas, do PSD. Procedeu-se nova eleição para o preenchimento desses dois postos, e dela saíram vitoriosos, para presidente, João da Costa Leão e, para vice-presidente, Joaquim Vicente Paiva. João da Costa Leão raramente presidiu as sessões. O Termo de Encerramento do Livro de Atas que cobre o período de 17.10.57 a 12.3.59 é assinado por Joaquim Vicente, na condição de vice-presidente no exercício da Presidência. Os trabalhos de 18.7.59 viram-se conduzidos por João da Costa Leão, que designou seu sogro e adversário, vereador Almiro de Moraes, para a Secretaria. Na data de12 de agosto de 1959 João e Joaquim Vicente renunciaram aos mandatos na Mesa e este se elegeu presidente. Para vice, Waldomiro Tartuce. No dia seguinte João requereu licença de um mês. A 11 de janeiro de 1960 Joaquim Vicente se reelegeu, com 6 votos contra l de Waldomiro Tartuce. A oposição votou branco. Almiro e Gonzaga Jayme, da UDN, antes da votação, alegando motivos de força maior, deixaram o plenário. Para vice-presidente o eleito foi Waldomiro Tartuce, com 5 votos contra l de Tércio Campos Leão e 1 branco. Para 1º secretário, Iturival Nascimento, suplente, provavelmente convocado para a vaga aberta com a licença do seu correligionário João da Costa Leão. José Lucas de Oliveira foi o eleito para segundo secretário. A gestão dessa executiva da Mesa encerrou-se dia 16 de janeiro de 1961, oportunidade em que se elegeu Waldomiro Tartuce para presidente.

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Waldomiro Tartuce
16/01/1961 a 31/01/1963

Waldomiro Tartuce

16/01/1961 a 31/01/1963

De acordo com informações escritas colhidas junto à família, graças ao apoio do médico Paulo Tartuce, filho de Nicolau Tartuce, irmão de Waldomiro, esse sobrenome expressa aportuguesamento de “Tartuss” ou “Tartus", cidade portuária da Síria, nas proximidades do Líbano. Aziz era o sobrenome anterior. Os bisavós de Waldomiro, de acordo com essas mesmas fontes, chegaram ao Brasil em 1870, fugindo de perseguições religiosas e políticas do Império Turco. Rezam essas informações que Miguel Tartuce tinha 13 anos quando desceu suas bagagens em chão brasileiro, acompanhado dos seus pais e dos seus irmãos Jorge, Seba, Mariana, Cathar e Bechara. Aos 25 contraiu núpcias com Malvina Zacarias, também filha de imigrantes sírios. Dessa união nasceram Margarida, Nicolau, Guiomar e Waldomiro. Em 1920 o Miguel novamente se casou, desta feita com Milia Riehe, natural do Líbano, e com ela teve mais sete filhos. São eles: Margarida I, Odete, Catharina, Adélia, Jacob, Margarida II e José Miguel.O nascimento do Waldomiro aconteceu no dia 9 de fevereiro de 1915, em Guaranésia, Minas Gerais, não longe da cidade paulista de São José do Rio Pardo, onde seus antepassados se instalaram à época da mudança para o Brasil. Passou a infância em Guaxupé, também Minas Gerais. Nessa época ajudava o pai na ordenha e na guarda do leite em galões para posterior transporte. Em São José do Rio Parto conviveu com seus primos, da família Nasser, e aí cursou o básico.Pôs-se o Miguel a desenvolver constantes viagens para mercadejar roupas, acompanhado do Nicolau. Waldomiro, que desde pequeno apreciava consertar máquinas, motores, ferramentas etc, e aprendeu a mecânica de automóveis. Por essa tarefa – com a palavra ainda os familiares - apaixonou-se, e foi ela que lhe deu o primeiro emprego.Por volta de 1928 a família não ficou isenta das agruras econômicas que atingiram o país. Em 1929 deu-se o estouro da Bolsa nos Estados Unidos e da noite para o dia fortunas desapareceram. No Brasil, o resultado mais visível desses desencontros do capitalismo foi a Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha e gerou a Era Vargas. Miguel comercializava com vestuários e alimentos em Minas e São Paulo.No citado ano de 1929 os moradores de São Pedro de Uberabinha foram às urnas para dizer se queriam que essa pequena cidade do Triângulo Mineiro, região que abrigava, naqueles dias, um dos maiores centros populacionais do País, Uberaba, da qual ela se emancipara, continuaria com esse nome ou adotaria o de Uberlândia, como desejava um dos seus cidadãos cujo nome era João de Deus. A maioria preferiu a modificação. E outras mudanças, obviamente, viriam na marcha do tempo, convertendo Uberlândia no município mais populoso da região e um dos maiores do Estado. Empresas de porte aí se instalaram, no correr das décadas, fazendo da cidade privilegiado centro atacadista e industrial, e depois também estudantil. Estreitos fizeram-se os laços de Uberlândia com o sudoeste de Goiás. Um dos principais comerciantes sudoestinos, na década de 1930, era Gumercindo Ferreira, que veio a falecer, antes de completar 50 anos de idade, em agosto de 1943. E foi em Uberlândia, ponto obrigatoriamente freqüentado, naqueles dias, por

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Newton Pereira de Catro
31/01/1963 a 31/01/1965

Newton Pereira de Catro

31/01/1963 a 31/01/1965

Newton Pereira de Castro nasceu dia 19 de maio de 1922, em Santa Rita do Araguaia, atual Alto Araguaia, Mato Grosso, fronteira com Goiás. É o segundo dos filhos da grande prole de Olhyntho Pereira de Castro e Carminda de Castro. É irmão, pois, de Walter Pereira de Castro, constante da galeria dos presidentes do Legislativo rio-verdense, e cunhado de outro membro dessa, Luiz Braz da Silva(Walter, por sua vez, cunhado de Juventino Ferreira de Castro).. Por volta de 1925 a família retornou a Rio Verde, instalando-se na que é a hoje Rua Edmundo de Carvalho. Newton iniciou-se maçom dia 13 de janeiro de 1941 na “Estrela Rioverdense”, da qual foi venerável de 1959 a 1960 e de 1960 a 1961. Foi secretário e tesoureiro dessa célula da maçonaria e acompanhou o pai numa dissidência que gerou a “Verdadeira Luz”, criada no dia 31 de julho de 1947, mas retornou à loja que o recebera. Newton compôs o Conselho do Grande Oriente do Estado de Goiás, do qual foi também grande secretário das finanças. Por ser deputado junto à Assembléia Estadual Legislativa do Grande Oriente do Estado de Goiás, assinou a Constituição dessa potência, em 1967. Passou aos quadros da “Liberdade e União”, da Capital, e se tornou grande secretário do Conselho Kadosch, alcançando o Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito, em 1970. Sob a sua venerança, a “Estrela Rioverdense” inaugurou a escola primária que passou, sob a denominação de “Moreira Guimarães” (em homenagem a um general brasileiro que, maçom, era entusiasta do ensino), a gozar de elevado conceito na cidade. Sua primeira candidatura a vereador ocorreu em 1947, pelo PSD, e não se elegeu, mas assumiu a cadeira por convocação por força de vacância. Candidatou-se outra vez em 1958 e em 1962, quando se elegeu. Prestando informação por escrito à Secretaria da Câmara, dentro do esforço para formar este trabalho, ele declara que, na década de 40, adquiriu um caminhão e abriu armazém de secos e molhados, ao qual denominou de “Grandes Armazéns Brasil”, mas na verdade um pequeno cômodo onde antes era o escritório de Castro & Cia. Era essa uma empresa familiar. Por volta de 1949, 1950, a família ganhou concessão, em Rio Verde, da Chevrolet. Em 1954 resolveu ele submeter-se ao vestibular de direito, em Goiânia, valendo-me do ginásio de 5 anos completos em 1939, no Colégio do Professor Alfredo Pucca, em São Paulo. Pela legislação vigente, valeria se fosse completo em 1937. A solução encontrada foi matricular-se na Escola Técnica de Comércio, e nesta diplomou-se em 1956, em 1º lugar. Por necessidades da concessionária mencionada, viajava a São Paulo em linhas aéreas que servia à região, por ser muito deficiente o sistema rodoviário. Trabalhos como empresário, na vereança e na maçonaria, preenchiam-lhe o tempo. Bacharelou-se em 1961. Com os seus irmãos Wellington, Olyntho, Zuleika e o seu genitor, construíram o prédio para a empresa de projeção cinematográfica que então fundaram, com o nome de fantasia “Cine Bagdá, empreendimento de destaque daqueles dias. A primeira companhia telefônica de Rio Verde, acentua ele nesse depoimento, foi fundada por mim e pelo colega (empresário) Evangelino Ferreira Guimarães. O mandato de vereador, nos anos 60, cobriu parte da gestão Paulo Campos, iniciada dia 31 de janeiro de 1961, antes, pois, do pleito proporcional para o Legislativo, levado a efeito no ano seguinte em conjunto com as renovações para a Assembléia Legislativa, Câmara Federal e Senado. Paulo iniciou seu governo com a legislatura eleita em 1958, que cobrira o período de Nestor Fonseca(31.1.59 a 31.1.61). O sucessor de Paulo elegeu-se a 3.10.65 e tomou posse (Eurico Velloso do Carmo) no último dia do primeiro mês de 1966. Era presidente da Câmara Municipal, eleito pelo PTB, e fazia junto com o prefeito Dr Paulo Campos, o maior esforço para o asfaltamento da rodovia Rio Verde a Itumbiara, no projeto designado Rodovia da Produção. Declara Newton que ele e o prefeito dirigiram-se, pessoalmente, à Presidência da República, para entregar, nas mãos do seu titular, que era João Goulart, o citado projeto, mas este acabou chegando, pelo serviço de Correios, ao Castello Branco, o primeiro dos militares da “Revolução” ocorrida de 1964. Por ser do PTB, partido do presidente deposto, viu-se perseguido. Mudou-se, dia 23 de junho do ano do golpe, para Goiânia, e não mais voltou a residir em Rio Verde.

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Iturival Nascimento
01/02/1966 a 31/01/1967

Iturival Nascimento

01/02/1966 a 31/01/1967

Até o momento ele foi, ao lado de Eurico Velloso, o político rio-verdense que mais disputou mandatos. Este o fez em 1954, 1958 e 1962 à vereança; 1965 e 1972 para prefeito; 1978 e 1982 para deputado estadual e em 1988 para vice-prefeito, e com a renúncia do prefeito, em 1990, pela terceira vez assumiu a chefia do Executivo. Oito eleições e nove mandatos. Iturival, formado em direito, nasceu em Rio Verde no dia 29.5.1935, filho de Rafael Arcanjo do Nascimento (que fora aliado do governo caiadista e depois de Pedro Ludovico), e de Tília Jaime Nascimento, parenta do ex-intendente e ex-deputado estadual Frederico Jayme. Tília foi a segunda esposa de Rafael. Armênia Jayme, que o deixou viúvo. Era filha de Frederico com sua consorte Muzarta. Iturival disputou as seguintes eleições: 1958 e 1962 vereador; 1966 e 1970, deputado estadual; 1974, 1978, 1982 e 1986, deputado federal. Perdeu a primeira e a última. Depois desta voltou àquele Colégio convocado pela Mesa, na condição de suplente. A política é pertinente à sua família materna(paterna também), os Jaimes do padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury, presidente da Província na década de 30 do século XIX. De 1993 a 2000 foi Iturival conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, chegando à vice-presidência deste. Faleceu a 03.01.2000, deixando viúva Janete Freitas Nascimento e os filhos Iturival Nascimento Júnior, Ituriel (que foi vereador e é genro de Jaime Menezes, que também o foi), Ituriene, Jacqueline e Daniella, de sobrenome Freitas Nascimento. O primeiro é casado com sua parenta Patrícia, filha de Galeno Jayme. Galeno, que por sua vez é neto paterno do ex-intendente Frederico Gonzaga Jayme (avô materno de Iturival Nascimento) e irmão do advogado Gonzaga Jayme (nascido em 1928 e falecido em 2007). Gonzaga, depois de ter sido o vereador mais votado de Rio Verde, em 1958, veio a ser, no governo Otávio Lage (31.1.66 a 15.3.70), secretário da Segurança Pública e, posteriormente, de Serviços Sociais. Sirlei Leão Jayme, esposa de Galeno e mãe de Patrícia, é irmã de Marilene Leão, viúva de Iron Nascimento. Iturival Júnior postulou cadeira de deputado federal. Ituriel teve mais de um mandato de vereador. Iturival Nascimento era irmão de Iron Nascimento (nascido em 1939 e falecido em 1997). Iron foi vereador, prefeito, secretário de estado e deputado estadual. Era o pai de Renata Nascimento, ex-prefeita de Montividiu.

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José Bonifácio
31/01/1967 a 31/01/1969

José Bonifácio

31/01/1967 a 31/01/1969

Nasceu na zona rural de Rio Verde, dia 11 de abril de 1927, filho de Waldomiro Bonifácio e Maria José Pereira. Mudou-se a família para a sede do município, onde fez seus estudos preliminares e o técnico em Contabilidade, tendo estudado no Eugênio Jardim (que funcionava na Rui Barbosa, onde veio a ser o fórum), na Escola Normal e no “Martins Borges”. Empregou-se no IBGE. No início da década de 50, por curto período, esteve em Jataí, na direção da célula local dessa instituição. Montou seu escritório de contabilidade e assinava pelo escritório do seu correligionário Abel Pereira de Castro (líder udenista e adversário de Sebastião Arantes na eleição para prefeito de 1954), que era “guarda-livros”. Sentia-se vocacionado para a medicina, mas optou por direito, cursando-o na Federal de Goiânia. Sua formatura se deu em 1964. Quando menino, separaram-se seus pais, ficando ele na companhia da mãe, mas passou aos cuidados do genitor, que se uniu a outra mulher. Waldomiro teve, com Maria José, cinco filhos, e mais dois de outra união, enquanto que Maria José, além desses cinco, mais cinco de outro leito. Depois de exercer a advocacia na sua terra, convidado pelo governador Otávio Lage, por volta de 1970, tornou-se procurador do Estado, em cujas funções aposentou-se. Ao fazê-lo, abriu escritório na Capital e mantém, pode-se assim dizer, residência dupla: Goiânia e Rio Verde. É casado com sua parenta Leila Maria da Silva Bonifácio, advindo desse consórcio seis filhos biológicos, um adotivo e seis netos. Simpatizante da UDN, na campanha do Brigadeiro Eduardo Gomes para presidente, em 1950, ajudou a recepcioná-lo em Rio Verde. Em 1962 elegeu-se vereador, pela UDN, com 354 votos. Em 1965 Bonifácio participou da única vitória udenista para o Executivo rio-verdense: Eurico Velloso para prefeito e Luiz Cunha, vice-prefeito. Extintos todos os 13 grêmios políticos brasileiros, nesse ano de 1965, poucos dias depois dessas eleições transcorridas a 3 de outubro, a UDN rio-verdense desaguou na Arena, pela qual Bonifácio se reelegeu em 1966. Na condição de advogado, vereador e correligionário do prefeito Velloso, prestou a este apoio, como se assessor fosse. Coube-lhe, inclusive, abortar a sua renúncia. Eurico Velloso a comunicara em carta endereçada à Câmara, aos seus cuidados. Bonifácio, depois de extrair cópia desse epístola, a ocultou consigo e revelou, verbalmente, o seu conteúdo ao Jesuíno Veloso, irmão do renunciante, e ao médico Alcyr Mendonça, tradicional udeno/arenista e eleito deputado estadual para a legislatura de 1971 a 1975. Não tendo a Câmara tomado conhecimento dessa iniciativa do senhor Eurico, pôde este continuar seu mandato até o fim. Reclamara estresse diante dos muitos problemas impostos pelo cargo. Tendo surgido rumores sobre o caso, o vereador Waldomiro Tartuce, então da bancada oposicionista, numa das sessões perguntou ao seu colega Bonifácio sobre uma comentada carta de renúncia do chefe do Executivo, tendo ele afirmado desconhece-la. Por esse tempo, ou pouco depois, devolveu o original ao remetente e ambos o cremaram. ]Em 1969 a Arena o escolheu para postular a sucessão de Velloso. Deu-se a adesão de Waldomiro Tartuce e os dois formaram a chapa contrária aos emedebistas Lauro Martins e Domingos Moni. Seu objetivo, em 1970, era disputar cadeira de deputado estadual, mas o indicado foi Kepler Silva, que se elegeu, enquanto que José Bonifácio se reelegeu vereador, encerrando seu mandato no início de 1973. Não mais se candidatou, prendendo-se às atividades de procurador na Capital do Estado.

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Chafic Antônio
31/01/1969 a 07/01/1971

Chafic Antônio

31/01/1969 a 07/01/1971

Descendente de árabes, nasceu dia 29.4.1023, em Uberlândia, filho de Miguel Antônio, também conhecido por Miguel Turco, e Saida Antônio. A família veio para Rio Verde nos tempos da sua infância. Era irmão de Jamil, Calixto, Anásia e Abadia. Calixto foi comerciante e político udenista em Rio Verde, tendo sido vereador e deputado estadual. Em 1962 Calixto não se reelegeu à Assembléia Legislativa. Depois foi nomeado para ser um dos diretores da Caixa Econômica. Cursou direito na Universidade Federal de Goiás. Abraçou o magistério do Ensino Médio e muito se dedicou a esse mister. Dirigiu o Ginásio Estadual Martins Borges. Trabalhou na fundação do “Anexo”, que se converteu na Escola Frederico Jayme; do Colégio do Sol e de estabelecimentos educacionais nos distritos de Santo Antônio da Barra e Riverlândia. Destacou-se, pela mesma forma, na luta pela implantação da Fesurv.Foi assessor jurídico de Saneamentos de Goiás S.A. – Saneago, diretor da Cia. Telefônica de Rio Verde e um dos idealiazadores do Clube Campestre. Defendeu a criação do Rivac e do prolongamento da Avenida Presidente Vargas para o lado Oeste, como veio a acontecer,Faleceu em Rio Verde em 1976. É pai da vereadora Lúcia Caetano, professora e ex-secretária da Educação do município. Dela as informações, por escrito, que geraram o presente texto sobre esse soldado da UDN rio-verdense.

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Wagner Guimarães Nascimento
31/01/1971/ 31/01/1973 e 31/0179 a 31/01/1981

Wagner Guimarães Nascimento

31/01/1971/ 31/01/1973 e 31/0179 a 31/01/1981

Nasceu em Rio Verde, no então distrito de Montividiu, dia 10 de maio de 1935. Residiam nessa localidade, à época, seus pais (é o primogênito) João Rodrigues do Nascimento, vulgo Joãozinho Rafael, que veio a ser, conforme já demonstrado, presidente da Câmara, e Palmerina Guimarães Nascimento. Estudou em Minas Gerais, nas cidades de Lavras e de Belo Horizonte. Nesta última se fez médico no ano de 1961. Formado, regressou à terra natal, onde constituiu família e se revelou profissional de prestígio. Pessedista por tradição de família, pelo MDB elegeu-se vereador em 1970, para mandato de dois anos. A Legislatura nessa época eleita atingiu a gestão do prefeito Lauro Martins, eleito em 1969 e empossado em 1970 sob a vereança escolhida em 1966 e instalada em 1967. Os vereadores surgidos das urnas de 1970 empossaram-se em 1971 e concluíram seus mandatos em 1973. Dr. Waninho, como é popularmente conhecido o médico e homem público Wagner Guimarães Nascimento, foi o único presidente da Casa, nessa legislatura. Em 1972 o MDB foi às urnas, pela sucessão do seu filiado Lauro Martins, com a chapa encabeçada por Maurício de Nassau Arantes Lisboa e completada por Dr. Waninho, superada pelos arenistas Eurico Velloso do Carmo e Bairon Pereira Araújo. Em 1976 Wagner, pelo MDB, conquistou segundo mandato de vereador, no fim do qual se elegeu, pelo PMDB, deputado estadual, reeleito em 1986. No seu primeiro período na Assembléia Legislativa desfraldou a bandeira de emancipação de Montividiu, que em 1988 teve sua primeira eleição para prefeito, elegendo-se, pelo PMDB, o ex-presidente da Câmara Municipal de Rio Verde(juntamente com Dr. Waninho), Armando Fonseca Júnior, que anos depois debandaria para o PSDB. Em 1998 Dr. Waninho rompeu com o PMDB e apoiou a candidatura do deputado federal Marconi Perillo, do PSDB, para governador. Não voltou a candidatar-se, dedicando-se mais à sua grande clientela no Hospital Santa Terezinha, onde trabalhou na companhia do seu colega de bancada na Câmara, na nona legislatura (1977-1983), Edsel Emrich Portilho, o popular Dr. Checo, de saudosa memória.

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Lauro Pires de Lima
31/01/1973 a 31/01/1975

Lauro Pires de Lima

31/01/1973 a 31/01/1975

Nasceu em Rio Verde no dia 30.11.43, filho de José Pires de Lima e Balbina Carneiro de Lima. Até os dez anos residiu a família na Fazenda Lage, neste município. Transferiu-se à sede em 1953, dando início aos seus estudos no Grupo Escolar Eugênio Jardim. O primário e parte do ginasial Lauro realizou na terra natal, e fez o básico em Uberaba. Retornando a Rio Verde, no início dos anos 60, dedicou-se ao trabalho de caminhoneiro, quando realizou viagens pelo Brasil afora. Casou-se em 1963, nascendo-lhes, daí, três filhos. Em 1970, ano eleitoral - renovação na Câmara Federal, nas Assembléias Legislativas, Câmaras Municipais e 2/3 no Senado( em Goiás, excepcionalmente, três cadeiras senatoriais em disputa), o ex-prefeito Eurico Velloso do Carmo o convidou para candidatar-se à vereança, logicamente no seu partido, a Arena, de oposição ao prefeito Lauro Martins. Lauro Pires aceitou o convite e se elegeu. A Arena mandou para o Senado seus três candidatos, nesta ordem: Osiris Teixeira, Benedito Vicente Ferreira e Emival Ramos Caiado. Os arenistas de Rio Verde não conseguiram eleger César Bastos deputado federal, mas conduziram Kepler Silva à Assembléia Legislativa, enquanto os emedebistas comemoraram a reeleição, para esta Casa, de Iturival Nascimento e a maioria dos vereadores. Dentre a bancada minoritária eleita pela Aliança Renovadora Nacional estava Lauro Pires de Lima, com 485 votos. Funcionava a Edilidade no Salão do Palácio Maçônico (da Loja “Estrela Rioverdense”), Rua Nilo Peçanha. Depois passou a ocupar o salão de júri do Fórum, na Rui Barbosa, prédio construído na gestão Lauro Martins, onde permaneceu até mudar-se para a saída Leste de Rio Verde, na Presidente Vargas, prédio mandado erguer pelo prefeito Iron Nascimento. Mais curtos os mandatos dos vereadores eleitos neste ano, de janeiro de 1971 a janeiro de 1973. Para um mandato de quatro: 1973 a 1977, Lauro Pires voltou a candidatar-se em 1972, ano de sucessões municipais em todo o País. Para prefeitos e vice-prefeitos elas não ocorreram nas capitais, nas estâncias hidrominerais e nos municípios considerados área de segurança nacional. Anápolis ainda não se enquadrara nessa rubrica inventada pelo regime militar de 1964. Em Rio Verde a Arena retomou à Prefeitura com o triunfo da chapa Eurico Velloso e Bairon Araújo, contra a dupla Maurício Arantes e Wagner Guimarães do Nascimento, do MDB. A Arena fez maioria na Câmara: 7 x 6. Lauro, agora, pertencia à bancada mais numerosa e foi o candidato – dentre os concorrentes dos dois partidos – o de maior votação. Um dos mais votados, proporcionalmente, da história rio-verdense. Mal se instala a legislatura, elege-se presidente da Mesa. Além de correligionário, amigo de Eurico Velloso. Por isso, inúmeras vezes o acompanhou a Goiânia em busca de benefícios para o município. Em 1976 postulou a suplência de prefeito, compondo a chapa de Bairon Pereira Araújo, seu colega de Câmara na legislatura eleita em 1970. Do outro lado, dois vereadores: Iron Nascimento e Osório Santa Cruz. Por essa época, ou pouco depois, Lauro Pires de Lima tornou-se funcionário da autarquia Saneamento de Goiás S.A., chegando ao cargo de gerente da regional desse órgão, em Rio Verde. Em 1983, primeiro ano do governo peemedebista de Iris Rezende Machado, Lauro se viu transferido para Goiânia, interrompendo, assim, sua trajetória política na terra onde nascera. Entrevistado pelo escritor Filadelfo Borges de Lima, no seu gabinete de gerente da Regional do Saneago de Jataí, emocionou-se ao lembrar que a família Pires continuou a prestar serviços a Rio Verde. Embargou-se-lhe a voz ao citar o nome do seu sobrinho Valdeci Pires, falecido quando exercia a vereança, no ano de 1990, em acidente de automóvel, e não se esqueceu de outro sobrinho, também presidente da Câmara, Demilson Lima, e do primo em segundo grau, Dione Vieira Guimarães, atual presidente dessa Casa. . Desde 1987 reside em Jataí, onde se casou novamente, nascendo-lhe mais um filho, e gerencia a Regional da Saneago naquela cidade. Esse cargo deriva de indicação política de líderes jataienses, com o endosso da administração do órgão, não o tendo ele reivindicado. Sabiam eles da sua participação na vida pública de Rio Verde. Não fugira da mesma linha, sempre em oposição ao MDB/PMDB. Em Jataí pouco se envolveu nas lutas eleitorais. A participação de maior destaque foi na ajuda para eleger seu cunhado Elson Borges, irmão da sua esposa, por um partido de oposição ao PMDB.

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Aroldo Oliveira Andrande
31/01/1975 a 31/01/1977

Aroldo Oliveira Andrande

31/01/1975 a 31/01/1977

Nasceu em Rio Verde dia 26.10.1941, filho de Adolpho Martins de Andrade e de Maria Piedade de Oliveira. É formado em direito e há anos deixou de advogar, dedicando-se a lides de fazendeiro e comerciante na área de combustível. A última também abandonou a favor de filhos. De tradição udenista, elegeu-se vereador duas vezes, ambas pela Arena, em 1972 e em 1976, para a oitava e nona legislaturas, respectivamente. Não quis disputar outros cargos eletivos, inclusive de deputado estadual. Na gestão Nelci Spadoni foi secretário da Fazenda, não o exercendo por todo o período. Sua eleição para presidente da Mesa deveu-se à divisão no seu partido. Um grupo seguia a liderança do deputado estadual Kepler Silva, que postulava reeleição; outro se aliava ao vice-prefeito Bairon Araújo. Também este pretendia a Assembléia. A Arena tinha 7 vereadores e o MDB, 6. Formou-se uma chapa para a Mesa sem a presença da bancada emedebista, que se mostrou desinteressada, com Pedro da Silveira Leão para a Presidência. O MDB, na expectativa de impor derrota ao prefeito, que no caso dessa disputa apoiava Pedro, em segredo articulou com o Bairon a candidatura de Aroldo, que a aceitou. No dia da eleição, não sabiam os apoiadores do Silveira que outras candidaturas se formaram. Minutos antes da votação, apresentaram estes concorrentes, para grande surpresa dos companheiros de Pedro, que acabaram derrotados. Bairon e Kepler lançaram-se ao Legislativo Estadual, mas Kepler deixou a candidatura por falta de condições de elegebilidade, e timidamente apoiou o vice-prefeito, que terminou na quarta suplência de deputado estadual em razão desses desencontros. Dois anos depois, a Arena superou as divergências e uniu-se à dupla Bairon e Lauro Pires para prefeito e vice-prefeito, respectivamente, e com o apoio de Lauro Martins, dissidente do MDB, perdeu para Iron e Osório.

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Luiz Braz da Silva
31/01/1977 a 31/01/1979

Luiz Braz da Silva

31/01/1977 a 31/01/1979

NOTA DE PESAR

 

A Câmara Municipal de Rio Verde, por meio do seu presidente Lucivaldo Medeiros, demais vereadores e servidores, manifesta profundo pesar pelo falecimento do ex-presidente da Câmara Luiz Braz da Silva, que ocorreu na madrugada desta quarta-feira (10 de março), em decorrência de complicações do Covid19.

 

Rogamos a Deus que ampare todos os familiares e amigos neste momento de dor e consternação.

 

Biografia:

 

Luiz Braz da Silva

 

Nasceu em Rio Verde a 11.8.1933, filho de João Braz da Silva e Rosalina Lopes da Silva. Cursou, de 1962 a 1964, a “Escola Técnica de Comércio – SENAC/ Colégio Estadual Martins Borges”. Formou-se na Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás em 1968, na qual fez especialização em Prática Forense. Pela Superintendência da Academia de Polícia do Estado de Goiás, especilizou-se em Direito Constitucional. Iniciou-se no serviço público municipal no governo Sebastião Arantes (31.1.55 a 31.1.59), desempenhando várias funções até chegar a de secretário do município e responder pelo expediente da Prefeitura, por alguns dias, à época do prefeito Nestor Fonseca (31.1.59 a 31.1.61). Galgou os cargos de porteiro-servente, auxiliar de escriturário, escriturário, auxiliar de contador, contador, secretário geral, chefe do departamento de pessoal, tesoureiro e secretário da Educação. Professor, na Fesurv e na Cesuh, de Direito Comercial, Criminologia, Direito Processual Penal II, Ética Processual e Estatuto da OAB e Direito Penal IV. Examinador de Concurso Público (Direito Processual Penal, em maio de 1998), e de monografias (também orientador) de Graduação de Curso de Direito. Vice-presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, presidente Conselho Gestor da “Coordenadoria Municipal de Defesa do Consumidor – Procon Rio Verde”, e diretor-adjunto da “Casag – Caixa de Assistência dos Advogados”. Presidente da sub-seção da OAB-GO de Rio Verde, por dois mandatos consecutivos, quando promoveu a conclusão e ampliação do Clube dos Advogados, no Setor Universitário; presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, sendo um dos seus feitos o asfaltamento de ruas internas do parque de exposições. É membro do Conselho-Diretor do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica de Rio Verde, antigo Colégio Agrícola), nomeado pelo ministro da Educação. Como jornalista, fundou e colaborou com vários jornais locais. É sócio-fundador e membro ativo da Academia Rio-Verdense de Letras, Artes e Ofícios. Colaborou com o futebol amador da cidade, quer como jogador, quer como árbitro, e posteriormente se integrou à equipe de radialistas denominada Bacharéis do Esporte, surgida na década de 70 na extinta Difusora. O nome devia-se ao fato de serem formados em direito alguns dos seus integrantes, a exemplo de Mauro Moraes, vereador pela Arena de 1973 a 1977. Em 1965 disputou, pelo PSD, o mandato de vice-prefeito, formando dupla com Clodoveu Leão de Almeida. Em 1976, pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro, ganhou para vereador, e presidiu a Câmara de 31.01.77 até 31.01.79, não se reelegeu em 1982. Em 1986 não acompanhou a dissidência do Mauro Borges e do Osório, mas a esse grupo se integrou em 1988, na defesa das candidaturas de Paulo Roberto para prefeito e de Eurico Velloso do Carmo para vice-prefeito. É casado com a professora Carmem de Castro e Silva, autora, com o professor Claudino Collet, da obra “Fesurv Sua Origem Sua História – O Ensino Superior em Rio Verde”. Carmem, irmã de Walter Pereira de Castro e de Newton Pereira de Castro, ex-presidentes da Câmara Municipal, dirigiu o diretório local do PSDB. O casal tem quatro filhos: Fábio Luiz, empresário em Goiânia; Sheila, Cláudio e Cybele. Os três últimos, advogados. Cláudio é professor da Universidade de Rio Verde e mestre em Direito das Relações Sociais.

 

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Armando Fonseca Júnior
31/01/1981 a 31/01/1983

Armando Fonseca Júnior

31/01/1981 a 31/01/1983

Nasceu em Rio Verde, no então distrito de Montividiu, a 13 de junho de 1953. Filho de Armando Gomes da Fonseca e Maria das Dores Baylão Fonseca. É da turma de 1976 do técnico em Contabilidade do Colégio Estadual Martins Borges, ano em que se elegeu, pelo MDB, vereador, com 841 votos. É formado em direito. Desde os tempos de menino, na escola primária, falava discursos e tinha interesse pela política, com maior simpatia pelo PSD. Com 891 votos reelegeu-se em 1982, pelo PMDB. Aliou-se aos que defendiam a emancipação do distrito de Montividiu, objetivo alcançado a 30 de dezembro de 1987. Nas primeiras eleições locais, depois da sua independência, cumpridas a 15 de novembro de 1988, ganhou para prefeito, empossado no início do ano seguinte. Coube-lhe criar as condições básicas para administrar o novo município, como a aquisição de móveis e utensílios, bem como reformas de prédios escolares e outros para instalação de órgãos públicos. Construiu posto fiscal municipal, em apoio ao Fisco do Estado, para conter a evasão de ICMS ali gerado, e ainda aplicar recursos para o bom funcionamento do Legislativo. Ampliou a Praça Filogônio José Santos, implantou sistema de transmissão de T.V., recuperou ponte sobre o Córrego da Raiz e firmou convênio com o Consórcio Rodoviário Intermunicipal para a abertura e restauração de estradas, inclusive urbanas. Criou a Guarda Mirim.Em 1992 apoiou, para suceder-lhe, o então vice-prefeito Adolfo Gonçalves Pereira, que se saiu triunfante, mas ele mesmo perdeu, quando da sucessão do Adolfo, para Renata Nascimento, em 1996. Venceu-a, contudo, no ano 2000. Já não pertencia mais ao PMDB, e sim ao PSDB, desde as eleições para governador de 1998. Essa adesão deveu-se aos seus vínculos com o ex-governador Henrique Santillo, que o telefonara nesse sentido. Foi essa a sétima candidatura de Iris e seu primeiro revés. Sempre campeão nas urnas, o eleitorado, dessa vez, preferiu Marconi Perillo, discípulo de Santillo. Ainda pelo PSDB, Armando ganhou não se reelegeu em 2004. O vitorioso foi, novamente, o Adolfo, com quem rompera, mas este perdeu o mandato na Justiça Eleitoral em favor do segundo colocado, Edson Coutinho, do Partido dos Trabalhadores.

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Lázaro José de Almeida
31/01/1983 a 31/01/1985

Lázaro José de Almeida

31/01/1983 a 31/01/1985

Natural de Rio Verde, dia 31 de julho de 1949, filho de Nelson Ribeiro de Almeida e de Nirce da Silva Almeida. É casado com Kênia Silva Almeida. Dessa união nasceram Gabriela, Ana Paula e Ana Flávia. Estudou o primário de 1957 a 1960, concluindo-o na Escola Municipal Jerônimo Martins. O ginasial ele cumpriu no “Martins Borges”, onde fez também o Técnico de Contabilidade. Cursos superiores: Letras Modernas, na Fesurv, em 1970, e Ciências Jurídicas na Universidade Federal de Uberlândia, em 1978. Foi servente de pedreiro, balconista, auxiliar de escritório de contabilidade, contador da Cerâmica Santa Marta, funcionário e depois sócio da Mercantil Contábil. Também sócio-proprietário de Sementes Vitória Ltda, Armazéns Gerais Conquista Ltda, Vitória Transporte e Auto Elétrica Vitória Ltda.Do seu currículo, fornecido por ele à Câmara, consta:De 1971 a 1974, tesoureiro do “Abrigo dos Velhos”; de 1974 a 1976, provedor do Serviço de Obras Sociais, mais conhecido por “S.O.S.”. Do Clube Campestre foi tesoureiro, vice-presidente e conselheiro fiscal. Pertenceu ao Conselho Fiscal da “Comigo”, de 1980 a 1981. De 1975 a 1979 presidiu a Associação Profissional dos Contabilistas de Rio Verde e foi seu vice-presidente de 1981 a 1982. Essa entidade nasceu sob sua liderança – conforme se lê nesse currículo encaminhado à Câmara – em 1979. Do Esporte Clube Rio Verde foi secretário(1978 a 1980) e tesoureiro(1982 a 1983). Diretor-finananceiro da Cooperativa Habitacional de Rio Verde e , de 1978 e 1981, membro do Conselho de Curadores da Fesurv(1982 a 1988) e da Aproderv, de 1983 a 1988. Eleito vereador em 1982, pelo PMDB, na condição de mais votado. De 1984 a 1986 esteve à frente da tesouraria do PMDB-Jovem. Presidente da Câmara de 1983 a 1985, em 1986 foi para a oposição ao governo estadual ao optar-se pelo PDC que sustentava a candidatura do senador Mauro Borges ao governo (derrotado por Henrique Santillo, do PMDB). Não se reelegeu em 1988 e compôs, agora na legenda do PFL, chapa com Nelci Spadoni, do PDS, para vice-prefeito, em 1992 A dupla vencedora foi a representada pela coligação PDC-PMDB, Osório Santa Cruz para prefeito e João Carlos Martins para vice-prefeito. Osório e Paulo Roberto disputaram o domínio do Partido Democrata Cristão. Osório, triunfante nessa peleja, levou o partido a coligar-se com o PMDB. Em 1998, Lázaro José de Almeida não se elegeu deputado estadual em conseqüência de divisões na base da prefeita Nelci Silva Spadoni. De 1985 a 1987 coube-lhe a Secretaria da Câmara Municipal. De 1987 a 1988 liderou a bancada do PDC. Foi o primeiro presidente da Associação Comercial e Industrial de Rio Verde, de 1984 a 1988. Presidente da APG (Associação de Produtores de Grãos). e vice-presidente da CAPR(Central das Associações de Produtores Rurais.)De sua autoria os projetos de cidadania rio-verdense a Antônio Chavaghlia, John Lee Fergunson, Flávio Rios Peixoto, Antônio Lucas Neto, Oscar Niemeyer Soares Filho, Evaristo Lira Baraúna, Ângelo Tomaz Landin, José Costa Martins; de Honra ao Mérito a César da Cunha Bastos; que consideram de utilidade pública a Sociedade São Vicente de Paula e a Liga Desportiva Rio-Verdense; que cria a Guarda Municipal e dão nomes à creche Ana Pimenta e à Lavanderia Pública Josiná. Quando era presidente da Câmara editou a revista “Súmula do Poder Legislativo”, de divulgação dos trabalhos dos vereadores, e criou a Galeria dos Presidentes desde a

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Isaac Antônio de Moraes Portilho
31/01/1985 a 31/01/1987

Isaac Antônio de Moraes Portilho

31/01/1985 a 31/01/1987

Sobrinho paterno de Epaminondas Portilho, ex-presidente da Câmara, é filho de Isaac Alves Portilho Filho e de Maria Rita de Moraes. Nasceu em Rio Verde a 23.6.1950. Segundo vereador mais votado (primeiro, Lázaro José de Almeida) em 1982, pelo PMDB, com 1.432 votos. No início dessa Legislatura secretariou a Mesa. Participou de comissões e presidiu a de Finanças e Justiça. Dele o projeto de concessão de título de cidadão honorifico ao dirigente de todas as escolas agrícolas do País, Oscar Lamunier Júnior, o que resultou na emissão de um cheque, entregue por essa autoridade, no valor que eqüivale hoje a 150 mil reais, que possibilitou a implantação de vários cursos e a recuperação física do Colégio Agrícola (atual Cefet), que passava por dificuldades. Foi um grande passo para que se tornasse estabelecimento de ensino de terceiro grau. Outro título de cidadania rio-verdense de sua autoria concedeu-se ao então ministro da Educação, o hoje senador Marco Maciel, que veio a ser, em dois períodos seguidos, vice-presidente da República (governos Fernando Henrique). O homenageado autorizou três cursos para a Fesurv. Foi na sua gestão à frente do Legislativo municipal que este passou a ter expediente público. Até então ela somente se abria para os trabalhosEm 1990, pelo PDC, elegeu-se deputado estadual, em oposição ao PMDB que se encontrava à frente do governo estadual desde a vitória de Iris Rezende, em 1982. Em 1986 o vereador Isaac assessorava o prefeito emedebista Osório Leão Santa Cruz, quando aconteceu o rompimento do senador Mauro Borges com o Iris e com seu partido, no que foi seguido pelo seu tradicional aliado e primo terceiro, Osório Santa Cruz. Isaac tomou a mesma estrada, ajudando a organizar o PDC, no qual se filiou o Mauro para disputar a Governadoria nesse ano, perdendo para Henrique Santillo (PMDB). Em 1990, quando Isaac se elegeu deputado estadual, Iris conseguiu seu segundo mandato de governador. Estava este no exercício do governo quando o PDC rio-verdense se fracionou, formando-se os grupos Osório e Paulo Roberto. Este, lançado à política por Osório em 1986, nesse ano ganhou para deputado federal e em 1988, ainda com o apoio do Osório, venceu o Iron Nascimento, do PMDB, para prefeito. Em 1990 o Paulo, depois de renunciar, em abril, a Prefeitura(assumiu Eurico Velloso, vice-prefeito), perdeu para Iris Rezende a Governadoria. Em 1992 o Paulo ficou na oposição ao Iris e apoiou a chapa Nelci Silva Spadoni-Lázaro José de Almeida, contra a representada por Osório (PDC) e João Carlos Ferreira Martins, do PMDB. Neste último palanque estava o deputado estadual Isaac, que passou a integrar o secretariado do Iris. Retornou ao PMDB e chegou à Presidência municipal desse grêmio e se fez membro do Regional. Como deputado estadual conseguiu a construção do Ginásio de Esportes Heráclito Fernandes Lima, a ampliação do Colégio Estadual Filinho Portilho (construíram-se salas de aula e recuperou-se quadra de esportes). Conseguiu também a troca total da rede elétrica do parque de exposição agropecuária de Rio Verde (todos os postes, fios, transformadores e lâmpadas e doação financeira de 50 mil reais). Licenciou-se da Assembléia para assumir a Secretaria de Ação Social, o que lhe possibilitou conseguir a doação de uma Kombi zero quilômetro e computadores para o Conselho Tutelar de Rio Verde. Idem de máquinas industriais para a associação que representa os portadores de deficiência física. Todas as instituições filantrópicas de Rio Verde, tendo-o à frente dessa Pasta, beneficiaram-se com doações. Funcionário público municipal, durante vinte e três anos e seis meses exerceu as funções de auxiliar de almoxarifado e de Contabilidade. Deste setor foi supervisor geral. Foi também tesoureiro e secretário geral da Prefeitura. Outros cargos ocupados por Isaac Portilho: diretor de operações da Casego, diretor-geral da Fncade, idem da Câmara Municipal de Goiânia. Membro da Loja Maçônica Estrela Rioverdense, representou-a na Assembléia Legislativa Estadual do Grande Oriente do Estado de Goiás. primeira legislatura. Em razão de trabalho seu, implantou-se linha de ônibus para os setores Promissão, Serpró e Martins, e conseguiu vale-transporte para empregados no comércio e indústria.

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Walter Venâncio Guimarães
31/01/1987 a 31/01/1988

Walter Venâncio Guimarães

31/01/1987 a 31/01/1988

Mais conhecido por Waltinho do Evangelho (hipocorístico paterno), é rio-verdense de 27.11.1944, filho de Evangelino Ferreira Guimarães e de Arlinda Venâncio Guimarães. Durante muitos anos o seu pai foi concessionário da Chevrolet no município. Evangelino era ligado à UDN e muito amigo de Eurico Velloso do Carmo. Era irmão de Laudelino, Orcalino e Rosulino. Orcalino foi destacado líder maçônico em Rio Verde, empresário, fazendeiro e esposo de Genesi Jayme, neta paterna de Frederico Jayme. Rosulino, também fazendeiro, era o pai do deputado Wagner da Silva Guimarães, que teve influência política partidária contrária a do primo Walter, porque pessedista. O estudo primário Walter fez na terra natal e o segundo grau em Ribeirão Preto, numa época em que havia, naquela cidade paulista, a república dos rio-verdenses e a república dos jataienses. Um dos seus colegas, à época, era Mauro Moraes, que veio a ser seu colega na Câmara. Pertenciam ao mesmo grêmio: Arena. Começou, não concluiu, em Rio Verde, Ciências Contábeis. É empresário no setor de consultoria de obras. Em 1972 o César Bastos e o vereador mais votado de Rio Verde, Bairon Araújo, convidaram-no para candidatar-se à Câmara, pela Aliança Renovadora Nacional. Walter aceitou. A Arena ganhou aquela disputa, com Eurico Velloso para prefeito e Bairon para vice-prefeito, e fez maioria na Câmara. Eram estes seus vereadores: Lauro Pires de Lima, Aroldo Oliveira Andrade, Luís Alberto Leão, Walter Venâncio Guimarães, Pedro da Silveira Leão, Mauro Freitas Moraes e Lázaro Sebastião de Oliveira. O MDB elegeu: Iron Nascimento, Osório Santa Cruz, Domingos Moni, Ismael Martins, Geraldo Alves de Souza e Ernesto Pagires. Perderam, por esse partido, para prefeito e vice-prefeito, respectivamente, Maurício de Nassau Arantes Lisboa e Wagner Guimarães Nascimento, o Dr. Waninho. Walter não conseguiu reeleição, em 1982, mas no fim da legislatura, prorrogada de 4 para 6 anos, deu-se aumento, de 13 para 15, do número de cadeiras. Pelo PDS foi ele quem assumiu. Em 1986, em razão do desligamento do prefeito Osório e do vice-prefeito Carlos Cunha do PMDB e suas adesões ao PDC, Walter passou a pertencer à bancada situacionista, vez que PDC e PDS se aliaram no apoio a Mauro Borges para governador e Joaquim Quinta para vice-governador. O mandato de presidente da Câmara era de dois anos quando ele se elegeu ao cargo. Para fazê-lo, celebrou acordo escrito com o vereador Cilênio Moraes, PDC, candidato a vice-presidente na sua chapa, prevendo sua renúncia cumprida a metade da gestão. Quando o prazo se aproximava, recebeu pressões de ambos os lados: para que não honrasse o acordado e para que o fizesse. O ex-vereador Isaac Portilho, agora no PDC, foi um dos que o procuraram para propor-lhe obediência ao acertado. Disse-lhe o Walter que o documento pertinente não tinha validade jurídica nenhuma, e por isso o rasgava - e o fez – simbolizando que não pensara em ser desleal à palavra empenhada, e não o seria. No momento oportuno, abdicou para que Cilênio lhe sucedesse. Articulador e atento à tramitação de projetos e requerimentos, destacou-se por ajuntar-se ao prefeito Eurico Velloso em viagens a Goiânia ou a Brasília em busca de recursos financeiros ou obras para o município. Dele o projeto criando a Secretaria de Indústria e Comércio, da qual veio a ser o primeiro titular. Depois foi secretário dos Transportes.

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Cilénio Modesto de Moraes
01/02/1988 a 31/12/1988

Cilénio Modesto de Moraes

01/02/1988 a 31/12/1988

Nasceu em Rio Verde no dia 24.0.1951, filho de João Modesto de Moraes, apelidado de João Abrão ou João da Lilia, que na infância perdera os pais, e de Josefa Ilma de Moraes. Técnico em Contabilidade – Turma de 1976, CEMB (a mesma turma de Armando Fonseca Júnior) – ingressou no curso superior de matemática, mas não o concluiu. É comerciante. Cilênio é de tradição pessedista e sua primeira candidatura se fez pelo PMDB, em 1982. Ainda em vigor o sistema de sublegendas, o que permitia a um partido ter mais de um candidato ao mesmo posto majoritário. Foi por isso que Rio Verde contou, pela primeira vez na sua história, com mais de um concorrente à Prefeitura: 3 pelo PDS, 2 pelo PMDB e 1 pelo PT. Eram eles: Bairon Araújo, Paulo Reis Vieira e Vanderval Lima Ferreira, pelo PDS. Pelo PMDB, Osório Santa Cruz e Alaor Caetano Ataídes, antigo udenista e vereador eleito pela Arena (o mais votado) em 1976, que se desentendera com Eurico Velloso, para quem perdera a convenção de escolha do nome arenista, em 1978, à Assembléia Legislativa. O vice-prefeito com o Osório, Carlos Cunha Neto; com Alaor, Alcione do Prado. Um somente era o postulante a vice-prefeito pelo PDS: ex-vereador Pedro da Silveira Leão. O PT se representou com Valdete Guimarães para prefeita e Simão Brasil para vice-prefeito. Eram também dois os nomes do PMDB ao Senado: Lázaro Barbosa (reeleição) e o ex-governador Mauro Borges. Este foi o vencedor. Para governador ganhou PMDB com Iris Rezende e, para vice-governador, Onofre Quinan. Cilênio Moraes seguiu a liderança do Osório no divórcio deste com o PMDB, a exemplo da maioria da bancada dessa agremiação (que era majoritária), em 1986 .Foi pelo PDC que Cilênio chegou à Presidência da Câmara. Disputou e ganhou mais dois pleitos à vereança: 1988 e 2002. Naquele, apoiando Paulo Roberto (PDC) para prefeito e Eurico Velloso do Carmo (PDS) para vice-prefeito, contra Iron Nascimento e Lupércio Martins (já não havia mais sublegendas) pelo PMDB. Ganharam aqueles. Em 1992 apoiou a coligação PDC-PMDB, traduzida nas candidaturas vitoriosas de Osório Santa Cruz para prefeito e de João Carlos Martins para vice-prefeito, contra a coligação PDS-PFL, representada nos nomes de Nelci Spadoni e Lázaro José. Cilênio, atendendo conveniências políticas de Osório Santa Cruz, colaborou na fundação do PST para que outros nomes se candidatassem à vereança com o endosso do ex-prefeito. No ano 2000, Cilênio retornou ao PMDB e, conseqüentemente, defendeu a candidatura de Wagner Guimarães para prefeito, e nesse partido se encontra.

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Luiz Alberto Leão
01/01/1989 a 31/12/1990

Luiz Alberto Leão

01/01/1989 a 31/12/1990

Nasceu em Rio Verde a 1.12.1934. Faleceu dia 24.5.2004. Filho de Antônio Gouveia de Moraes e Cândida D Avila Leão. Professor de ensino médio, morou no distrito, hoje município de Santo Antônio da Barra, onde o MDB era amplamente majoritário e onde se mostrava muito expressiva a liderança de Osório Leão Santa Cruz, proprietário rural nas vizinhanças. Osório, pelo MDB, e Luiz, pela Arena, disputaram a preferência daquele colégio, com folga vantagem para o primeiro, mas importante para o arenista Luiz Alerto Leão, também conhecido por professor Luiz. Isso se deu em 1972, para vereadores. Elegeram-se ambos. Em 1976 o Osório ganhou para vice-prefeito, pelo MDB, e Luiz, novamente pela Arena, conquistou reeleição. Reelegeu-se em 1982 e 1988. À época da divisão da Arena entre Bairon Araújo e Kepler Silva, ficou com aquele e com o prefeito Eurico Velloso. Em 1996 aderiu-se às candidaturas de Arcélio Alceu para prefeito e Alba Rodrigues para vice-prefeito, da coligação PSD-PMDB.

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Oswaldo Fonseca de Almeida
31/12/1991 a 31/12/1992

Oswaldo Fonseca de Almeida

31/12/1991 a 31/12/1992

NOME: Osvaldo Fonseca de AlmeidaFILIAÇÃO: Braz Rodrigues de AlmeidaLuzia Fonseca de AlmeidaDATA DE NASCIMENTO: 09/05/1953NATURALIDADE: Rio Verde – GoiásNACIONALIDADE: BrasileiraESTADO CIVIL: CasadoESPOSA: Eonia Freitas FonsecaFILHOS: Osvaldo Fonseca de Almeida JúniorRicardo Freitas FonsecaLeonardo Freitas FonsecaDOCUMENTOS:CÉDULA DE IDENTIDADE: 252312 – 2ª via SSP/GOCPF: 129.397.491-91GRADUAÇÂO:AGRIMENSURA – Pela Escola Técnica de GoiásDIREITO – Universidade CatólicaATIVIDADES EXERCIDAS:- Vereador por 2 (dois) mandatos na Câmara Municipal de Rio Verde;- Presidente das Câmara Municipal de Rio Verde;- Autor da Resolução Nº 08/91 – que declara a Autonomia Financeira e Orçamentária da Câmara Municipal de Rio Verde;- Relator da Lei Orgânica da Câmara Municipal de Rio Verde;- Membro da Diretoria da COMIGO:* Conselho Fiscal* Conselho Administrativo- Sócio-fundador da Credi-rural COMIGO;- Prefeito Municipal de Santo Antônio da Barra por 2 (dois) mandatos

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Walderes Souza de Oliveira
01/01/1993 a 31/12/1994 e 01/01/1997 a 31/12/1998

Walderes Souza de Oliveira

01/01/1993 a 31/12/1994 e 01/01/1997 a 31/12/1998

Nasceu em Baliza, Goiás, dia 16.10.1942. Seus pais, Argemiro José de Oliveira e Isabel Francisca, eram rio-verdenses e haviam se transferido para aquela cidadezinha às margens do Araguaia, divisa com Mato Grosso, atraídos pela lida do garimpo diamantífero, força econômica do lugar. Três meses depois a família regressou a Rio Verde, onde Walderes se fixou até hoje, com ligeiro intervalo em que morou em Amorinópolis, tendo aí estudado o primário iniciado em Rio Verde. O ginasial e o Técnico em Contabilidade ele fez no “Martins Borges”.Os avós paternos e materno de Walderes vieram a pé da Bahia, terra natal deles. Argemiro, que no mesmo dia do nascimento desse filho pegou duas pedras, não construiu patrimônio econômico. Walderes, ao mesmo tempo em que estudava, trabalhava. Foi engraxate, vendedor de leite e sapateiro. Nesta última atividade passou de empregado a empregador, adquirindo uma indústria. Posteriormente se dedicou ao comércio de subproduto bovino, industrializando sebo e farinha de carne. Seu pai era adepto do PSD e, extinto este, do MDB. Walderes seguia a mesma linha. Em 1982, Carlos Cunha Neto, candidata a vice-prefeito por uma das sublegendas do PMDB, formando dupla com Osório Leão Santa Cruz, o procurou, nas “Fazendas Reunidas”, onde exercia a gerência da sua indústria, a fim de incitá-lo a postular a vereança. Aceitou o convite e lançou-se na campanha. O regime militar, agonizante, criara a vinculação geral de votos para se contrapor ao PP e ao PMDB. Aquele se formara de uma dissidência deste último, constituída por moderados, a exemplo do mineiro Tancredo Neves e do pernambucano Tales Ramalho. A eles se somaram ex-arenistas que pleiteavam abertura política. Dentre estes últimos, destacava-se o banqueiro Magalhães Pinto (o que provocou a pecha de “Partido dos Banqueiros”), velho cardeal da UDN e Arena de Minas Gerais, de cujo estado fora governador, derrotando Tancredo Neves (PSD), em 1960. Golbery do Couto e Silva e outros governistas impuseram ao País esse vínculo de votos na expectativa de que os municípios, mais atrelados a lideres locais do que às discussões estaduais, votassem nos candidatos a prefeitos do PDS e, forçosamente, nos correligionários destes para governadores. Somente não foram gerais essas eleições porque não se escolheram presidente e vice-presidente da República, por ser o sistema (para a Presidência) “indireto”. Depois de 17 anos – a última vez fora em 1965 – o Brasil escolheu governadores pelo voto popular. O PMDB ganhou nos principais estados do País, exceção, dentre estes, do Rio Grande do Sul. Ganhou em Goiás, em quase todos os municípios, atingindo cem por cento dos dez mais habitados. Walderes ficou na 1º suplência. Posse nos primeiros dias de janeiro. O médico Marat de Souza, em maio, de 14, faleceu. Walderes foi convocado. Depois ele ganhou as reeleições de 1988, 1992, 1996, 2000, e perdeu em 2004. Houve mais duas candidaturas, para deputado federal e, em 1998, estadual, sem conseguir eleger-se. Em 1996 disputou, por um partido aliado, o PSD, sob cuja legenda Arcélio Alceu dos Santos postulou, em coligação com o PMDB (vereadora Alba Rodrigues para vice-prefeito), o Executivo municipal. Atualmente, Walderes preside o diretório municipal do Partido do Movimento Democrático Brasileiro. É a terceira vez que o faz.Acertada a coligação PDC-PMDB, em 1992, reservou-se ao segundo a candidatura para vice-prefeito, foi ele o indicado. Fizeram-se, inclusive, faixas saudando-o como concorrente a esse cargo, mas a cúpula peemedebista trocou seu nome pelo do vereador João Carlos Martins, representante do distrito de Riverlândia, onde Martins exercia grande influência, herdando o prestígio do seu falecido pai Ismael Martins, que também fora vereador. O arranjo mirava o fortalecimento da candidatura de Ituriel Nascimento, destinatário do apoio do João Carlos e de aliados daquele distrito. Elegeram-se Osório e João Carlos, também o Ituriel e o Walderes. Como presidente da Câmara, investiu na sua modernização, equipando-a, e procurou bem relacionar-se com todos os vereadores. À época da administração Nelci, ocorreu desentendimento com a prefeita por questão do duodécimo, não repassado ao Legislativo. Entrou na Justiça e esta o determinou, mas foi seu sucessor, Aloísio Rodrigues, quem o recebeu. Viajou várias vezes a Goiânia e Brasília para ter audiências com autoridades em busca de realizações para Rio Verde. É um vocacionado não só para o que se denomina de corpo-a-corpo com o eleitorado, mas para as articulações. Por ocasião do afastamento da prefeita Nelci Spadoni, pela Câmara, votou contra tal medida por julgar inoportuna, vez que seu mandato estava a poucos meses de expirar-se. Em sua opinião, bom candidato a prefeito é aquele que passou pela vereança, porque o exercício desta leva o político para perto do povo. Considera o vereador o agente político que mais trabalha para a sociedade.

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Demilson Lima
01/01/1995 a 31/12/1996

Demilson Lima

01/01/1995 a 31/12/1996

Sobrinho paterno do ex-presidente da Câmara, Lauro Pires de Lima, Demilson Lima é natural de Rio Verde, nascido dia 22 de agosto de 1964, filho de Geraldo Pires de Lima e Altair Coelho de Lima. É casado com Valda Lúcia Lima Dias. Desse enlace nasceram Lara Lima Dias e Geraldo Pires de Lima Neto. De terceiro grau incompleto, na área de Administração de Empresa, formou-se para técnico agrícola. É radialista, apresentador de jornal pela "96 FM”.Com 633 votos, pelo PMDB, ficou na primeira suplência de vereador, em 1988. Pelo PDC elegeu-se em 1992, com 861 sufrágios e se reelegeu em 1996, com 865. Vice-presidente da Câmara de 1993 a 1994 e presidente de 1995 a 1996. Da Comissão de Constituição e Justiça foi presidente, de 1993 a 1994 e de 1999 a 2000, e seu relator de 1997 a 1998. Pelo PPS ficou na suplência, no ano 2000. De 2001 a 2003 dirigiu a Secretaria de Comunicação do município e de março de 2003 a março de 2004 exerceu a vereança. Em 2004 alcançou a 1ª suplência de vereador, pelo PPS. Nessa disputa, 1.452 eleitores deram-lhe preferência. Como chefe do Poder Legislativo, implantou projetos dinâmicos e arrojados, a saber:Projeto Integração - traduzido em transporte gratuito e participação do povo nos trabalhos da Câmara. Idem Cidadão do Futuro - Elaboração e distribuição de 20.000 cartilhas informando à classe estudantil sobre o verdadeiro papel e missão do Legislativo. Idem Hinos Oficiais - Gravação do “Hino a Rio Verde” (com artistas da terra), e distribuição de fitas(k-7) a todas as instituições da cidade, com o objetivo de resgatar a cidadania e amor ao município. Em tal oportunidade, rendeu-se homenagem ao autor do hino, advogado Edwards Reis Costa, ex-deputado estadual de Mato Grosso (três legislaturas), radicado, há anos, em Três Lagoas, Mato Grosso do Sul. Idem do jornal mensal “Pela Ordem” - Com a finalidade de divulgar as ações do Legislativo Municipal e trazer à tona a sua memória da Casa. Idem Tele Cidadão “1510” - Central de Informações (telefone) para registros de sugestões e denúncias, mirando a integração do contribuinte e ou eleitor. Idem “Vereador 2000” - Seminário realizado aos quase 100 pré-candidatos à vereança, no ano de 1996, dando-lhes informações a respeito da importância do vereador ( Manual do Vereador, Regimento Interno da Câmara, Lei Orgânica Municipal, Constituição Federal e outros diplomas ). Idem Câmara Itinerante - Sessões realizadas semestralmente em todos os distritos.Implantação (prédio então da Câmara, na “Presidente Vargas”), da 1ª Sala da Imprensa desse poder, e que recebeu o nome de “Afrânio Nunes”.Demilson fez-se autor de dezenas de leis importantes, dentre elas a que estabelece limite de tempo nas filas nos bancos.

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Aluízio Rodrigues
01/01/1999 a 31/12/2000 e 01/01/2001 a 31/01/2002

Aluízio Rodrigues

01/01/1999 a 31/12/2000 e 01/01/2001 a 31/01/2002

Filho de uma tradicional família rio-verdense, Aluízio desde pequeno aprendeu a importância do estudo, do trabalho e do esporte para a formação de um homem de caráter e responsabilidade.Começou como engraxate e auxiliar de serviços gerais. Depois, na Distribuidora Sudoeste, devido a sua competência, galgou cargos, até se tornar diretor comercial da empresa.No Colégio Estadual Gigantão foi professor de matemática, vice-diretor, até se tornar num dos melhores e mais lembrados diretores do colégio. Iniciou a carreira política ainda jovem como secretário de esportes da Prefeitura de Rio Verde, cargo que ocupou de 89 a 92. Durante sua gestão à frente da Secretaria, Aluízio Rodrigues se destacou pela capacidade em transformar projetos em realidade.Ciente da capacidade do esporte em formar cidadãos, Aluízio abriu escolas de iniciação esportiva para dar oportunidade para crianças de várias idades iniciarem diversas atividades esportivas, como futebol, futsal e basquete, além de incentivar a realização de campeonatos infantis, mostrando sua preocupação com o futuro saudável dos jovens.Aluízio também teve grande participação da introdução e crescimento do ciclismo e atletismo na região.Sua gestão também foi responsável pela reforma e construção de vários gramados para a prática esportiva e foi um dos maiores incentivadores da equipe de vôlei feminino do Fênix, que desde sua gestão à frente da Secretaria de Esportes é a melhor equipe goiana da categoria.Mas não foi só o esporte amador que ganhou sua atenção. Aluízio também apoiou o esporte profissional. Como fundador do Esporte Clube Rio Verde Futsal, Aluízio levou a equipe a conquistar quatro vezes o campeonato goiano, além de participar da Liga Nacional de Futsal.Além disso, Aluízio também foi presidente da Liga Desportiva Rio-Verdense e vice-presidente da Federação Goiana de Futsal.Reconhecido pela população como um dos melhores Secretários de Esportes de Goiás, Aluízio Rodrigues foi eleito vereador com uma das maiores votações já em sua primeira disputa eleitoral. Na Câmara trabalhou para representar os desejos e necessidades da população, estando sempre perto e atento às reivindicações da comunidade.Conhecido como um dos melhores parlamentares de sua geração, Aluízio foi reeleito duas vezes seguidas.Presidente da Câmara em duas legislaturas reformou e modernizou a Câmara Municipal, tornando-a mais eficiente e aberta à comunidade.A essa altura, a competência e capacidade em realizar já eram conhecidas em várias partes do Estado. Por isso, foi convidado pelo governador Marconi Perillo para assumir a Agência Goiana de Desenvolvimento Industial.À frente da Agência, Aluízio colocou em prática seu jeito sério e eficiente em administrar. Em pouco tempo, realizou obras de infra-estrutura em mais de 30 distritos industriais em todo o estado. Isso propiciou a instalação de novas empresas e a geração de milhares de empregos.Em 14 municípios, promoveu a regularização de áreas nos distritos com a liberação de escrituras para diversas empresas, que agora têm mais segurança par investir e acesso mais fácil e financiamento para crescer.Aluízio também liberou áreas que não estavam sendo utilizadas para que as Prefeituras pudessem construir escolas, hospitais ou outras obras importantes para as comunidades.Devido à sua experiência e capacidade, foi um dos principais articuladores para a instalação de várias indústrias no estado, além de gerar oportunidades a empresas da região, como aconteceu com o pólo calçadista de Goianira, que pelas mãos de Aluízio recebeu toda a infra-estrutura para que os empresários possam investir e gerar empregos.À frente da Agência de Desenvolvimento Industrial, Aluízio não investiu apenas na indústria, mas também na agropecuária, dando infra-estrutura para entidades agrícolas desenvolverem seu trabalho a favor do produtor rural.Em Rio Verde foram construídos galpões no Sindicato Rural e no Centro Tecnológico Comigo, onde é realizada a Agrishow. E o DIMPE também recebeu obras de infra-estrutura para que os pequenos e médios empresários rio-verdenses tenham oportunidade para implantar ou ampliar suas empresas.A gestão de Aluízio Rodrigues foi marcada pela criação de empregos e renda para milhares de famílias e a geração de divisas para o Estado. Com isso, contribui para o aumento da qualidade de vida das pessoas.

Por Filadelfo Borges de Lima

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Adão Mota Filho
01/01/2003 a 31/01/2004 e 01/01/2005 a 31/12/2006

Adão Mota Filho

01/01/2003 a 31/01/2004 e 01/01/2005 a 31/12/2006

Vereador Adão Mota Filho (Adãozinho) – Partido Republicano. Natural de Rio Verde. Iniciou na vida pública em 1984, quando foi secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal. Eleito vereador para a gestão 1989/1992, com 706 votos. 1993/1996 foi novamente secretário de Comunicação da Prefeitura Municipal. Eleito para segundo mandato de vereador 1997/2000, com 911 votos. O terceiro mandato de vereador com 949 votos, 2001/2004. Em 2003, eleito presidente da Câmara Municipal de Rio Verde para o biênio 2003/2004. Em 2004, novamente eleito vereador, quarto mandato, 2005/2008, com 1.784 votos. Reeleito presidente da Câmara Municipal de Rio Verde para o biênio 2005/2006.Entendendo que as instalações da Câmara Municipal já não eram suficientes para abrigar os edis e a população idealizou, projetou e juntamente com os demais vereadores construiu com recursos próprios do Poder Legislativo a nova sede da Câmara Municipal “Palácio Marconi Ferreira Perillo Junior”, com mais de 2 mil m2 de área construída, no Residencial Interlagos.Obra entregue à população rio-verdense no dia 21/11/2006, que recebeu juntamente com a Praça “Carlos Cunha Neto”, que é um verdadeiro cartão postal. Autor de inúmeros projetos e requerimentos solicitando melhorias e investimentos na cidade (escola, creches, asfalto etc).Desenvolveu, em parceria com o Lions Clube e o Banco de Olhos de Goiânia, a Campanha de Combate à Catarata “Adão Mota”, atendendo com cirurgias mais de 700 pessoas.Foi candidato a deputado estadual pelo PL, hoje PR, e em 01/10/2006 obteve 14.822 votos, em Rio Verde e em diversos municípios do Estado de Goiás. Mesmo não sendo eleito com o conhecimento agregou novos projetos trabalho para a população.

Por Filadelfo Borges de Lima

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